Anne – Filme de terror parado e chato

Anne (Gail Yost) vive sozinha e coleciona bonecas, que ela trata como bebês. Seus costumes e manias vão ficando cada vez mais graves, o que preocupa seu filho, Nick (Michael Kenneth Fahr), que a visita com frequência.

Como não podia deixar de ser, a protagonista do filme, que também dá nome a ele, é Anne, uma senhora solitária que passa seus dias cuidando de várias bonecas e as tratando como bebês. Anne também tem um filho, Nick, que a visita sempre, mas que não entende o comportamento da mãe.

A ideia do filme é, em algumas medidas, interessante, já que coloca o telespectador dentro dessa casa sinistra, com uma senhora idosa que parece estar ficando cada vez mais maluca, mas o longa é basicamente só isso.

Gail Yost como Anne
Gail Yost como Anne

O filme se sai bem na representação da protagonista, que é assustadora, e das bonecas, que estão cortadas, remendadas, abertas e muitas vezes sem olhos, e também consegue representar bem a maneira com que Anne começa a se comportar de maneira cada vez mais estranha, mas na realidade, o longa passa mais da metade do seu tempo acompanhando Anne pela casa, sem que o telespectador entenda exatamente o que está assistindo.

A relação com o filho

A produção se preocupa bastante em retratar o dia a dia de sua protagonista, que tirando os momentos sinistros e aflitivos, é bem parado, mas em alguns momentos, acompanhamos a relação de Anne com seu filho, Nick.

É Nick que percebe que a mãe está agindo de maneira cada vez mais estranha, porque ele é a única pessoa que parece se importar com Anne. Para além do comportamento bizarro com as bonecas, Anne também começa a arrancar seus próprios dentes e vagar pela propriedade sem nenhum propósito ou destino.

O filme tem um clima sinistro
O filme tem um clima sinistro

Nick também vai ser responsável por desvendar o grande mistério do filme, que até é surpreendente, mas não é muito factível ou bem pensado, o que estraga um pouco da graça.

Aspectos técnicos de Anne

Anne é um filme pequeno, com poucos recursos, mas que se sai bem em alguns quesitos. Ele de fato tem um cenário sinistro e as bonecas que estão presentes em toda a casa ajudam nessa caracterização. O som, que é sempre uma música meio assustadora, também cria o clima de terror.

Outro ponto alto é como o filme é capaz de fazer o telespectador sentir aflição e até nojo em alguns momentos, como por exemplo, quando a protagonista começa a arrancar os próprios dentes. O longa explora isso e outras questões corporais naturalmente aflitivas, com bastante competência. Mas esses são os únicos sentimentos que o filme é capaz de causar, já que ele não é nem vagamente assustador.

Anne passa boa parte do tempo acompanhando sua protagonista
Anne passa boa parte do tempo acompanhando sua protagonista

O problema é que esse é um filme chato, já que nada realmente acontece. O que acompanhamos por mais da metade do filme é Anne andando pela casa, cuidando das bonecas e enlouquecendo aos poucos. O filme quase não tem diálogos e ainda que exista um plot twist no final, o filme é sofrível até lá, pois não assusta e na realidade, entedia.

Com um roteiro que não é especialmente criativo e um desenvolvimento insuportavelmente longo, Anne é um filme parado e chato, que não assusta nem quem não tem o costume de assistir filmes de terror.

Anne

Nome Original: Anne
Direção: Joseph Mazzaferro
Elenco: Joseph Mazzaferro, Gail Yost, Natalie Pitcher, Michael Kenneth Fahr, John Kyle
Gênero: Terror
Produtora: Mazz Appeal Films
Distribuidora: A2 Filmes
Ano de Lançamento: 2018
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