Bash do Linux no Windows, como assim?
Primeiramente o que é bash? O bash é um interpretador de comandos, uma espécie de tradutor entre o sistema operacional e o usuário, normalmente conhecido como shell. Permite a execução de sequências de comandos direto no prompt do sistema ou escritas em arquivos de texto, conhecidos como shell scripts.
Conhecido dos usuários do windows o CMD ou MS-DOS é o “equivalente” ao bash na plataforma da Microsoft e o Terminal é o bash conhecido dos saudosistas do Linux para a execução de comandos na plataforma aberta. Claro que de acordo com o sistema operacional os comandos são diferentes…
Desde começaram a planejar e desenvolver o Windows 10, os profissionais da Microsoft tinham em vista aquilo que os usuários gostariam que fosse incluso na nova plataforma e o que receberam foi um retorno da comunidade pedindo recursos para desenvolver aplicativos incríveis, sites e serviços para todas as plataformas e dispositivos.
Movimentado pelos retornos negativos sobre a utilização das ferramentas disponíveis até então, a equipe de desenvolvedores deu uma guinada na plataforma na intenção de tornar as coisas mais fáceis que geraram o seguinte:
- Melhorias no Cmd
- Melhorias no PowerShell
- Aumento na família de linhas de comando adicional um Bash real e um suporte a linhas de comando Linux que rodam diretamente no windows ambientando o usuário na plataforma aberta do pinguim.
Para conseguir isso, a nova infraestrutura implementada no Windows – Subsistema Windows para Linux (WSL) – foi obtida com os “grandes parceiros” do tio Bill, Canonical (criadores do Ubuntu Linux) que permite que uma imagem genuína do modo de operação do usuário seja habilitada na tela.
O resultado de tudo isso é a visualização do Bash do Ubuntu rodando em Windows:
Você pode rodar agora scripts do Bash, como sed, awk, grep e também utilizar ferramentas como Ruby, Git, Python, etc, diretamente no windows. Você pode também acessar os arquivos de sistema do Windows via Bash permitindo uma flexibilidade na hora de digitar os comandos.
Importante notar que o recurso foi marcado como beta com razão: problemas vão surgir e a própria Microsoft sabe disso e lança o recurso afim de obter o feedback de seus usuários. Na sequência é notável que o novo recurso vem com o intuito de servir como uma ferramenta auxiliar de desenvolvimento afim de ajudar os programadores a escrever e transformar todos os seus códigos de programas para todos os cenários e plataformas. O novo recurso não surge como uma nova plataforma para hospedar sites, rodar serviços de infraestrutura e outras coisas. Para a utilização de recursos assim a Microsoft diz disponibilizar o Azure (Serviço de Cloud), Hyper-V (Serviço de Máquinas Virtuais) e o Docker (Containers Linux) que mais recentemente tem passado por atualizações que visam melhorar sua sinergia com o Visual Studio e que merece um post só para ele.
Tudo isso está disponível na nova atualização do Windows 10, mais especificamente a build 14316, importante falar que o recurso do Bash só está disponível para versão 64 bits.
Por fim, os comandos não permitirão que você interaja com aplicativos e ferramentas do Windows e vice-versa. Isso quer dizer que você não vai conseguir abrir o Bloco de Notas pelo Bash ou rodar Ruby em Bash usando o PowerShell. Elemento que desanima os mais assíduos a começarem a fuçar no recurso mas que já demonstra os avanços da tentativa da Microsoft em se alinhar as tendências open-source atuais.
E vocês? O que acharam no novo recurso?