Bumblebee, o spin off divertido de Transformers

O spin-off da franquia de sucesso Transformers acompanha a aventura solo do personagem Bumblebee na Califórnia dos anos 80. Ou seja, muito antes das aventuras do primeiro filme Transformers, lá de 2007, surgia na Terra o Autobot Bumblebee. Ele veio sob comando de Optimus Prime se esconder em nosso planeta “tão bem escondido”.

Cybertron estava em guerra, então o robô alienígena B-127 veio cair nos Estados Unidos, claro. Mais precisamente em um campo de treinamento de guerra. Isso despertou a raiva de alguns soldados que atacaram o ser estranho que invadia suas terras. Logo em seguida, Blitzwing, um dos robôs inimigos, também surgiu e a luta entre ele e B-127 acabou por lhe tirar a voz.

Assim, o grande Transformer amarelo ficou em repouso no formato de um fusca amarelo, uma das últimas visões que teve antes de cair quase morto. O “beetle” chamou a atenção da triste Charlie (Hailee Steinfeld), uma garota fascinada por mecânica que não superou a morte do pai. Ela vive com uma mãe aérea, um padrasto biruta e um irmão caçula, mas se sente só e fora dos padrões.

Como não se apaixonar por Bumblebee?

Charlie se encanta pelo carro, pois só tem uma mobilete caindo aos pedaços para se locomover. Quando a garota consegue dar partida no amarelinho, é amor à primeira vista. Ela o leva para casa e depois de um grande susto, conhece a verdadeira faceta de Bumblebee. Aliás, ela que lhe dá seu nome, pois como o robô estava sem voz, reproduzia sons parecidos com o de abelhas.

Com a ajuda de Memo (Jorge Lendeborg Jr.), seu vizinho, Charlie deve então esconder Bumblebee na garagem de sua casa. Pois atrás dele estão os Decepticons Shatter (voz de Angela Bassett) e Dropkick (voz de Justin Theroux). Além, é claro, dos humanos enganados pelos Decepticons, o Setor 7, liderados pelo Agente Burns (John Cena) que é quase um G.I. Joe. Coincidência ou não, G.I. Joe é uma franquia de action figures americana produzida pela mesma empresa de brinquedos dos Transformers, a  Hasbro.

Bumblebee se comunica através do rádio do carro, já que não consegue mais falar. Essa situação gera as melhores cenas do filme. Aliás, a trilha sonora está de parabéns! Como a aventura acontece nos anos 1980, não tinha como não ter os clássicos! Prepare-se para ouvir The Smiths, Tears for Fears, Ahá, Rick Astley…

Ah, os anos 80…

As referências à década não são somente musicais. A direção de arte foi minuciosa e se preocupou com tudo. O quarto e a garagem de Charlie foram muito bem preparados. Inclusive a cena de introdução da personagem começa logo com Big Mouth Strikes Again tocando em um walkman amarelo. Não podia ser melhor!

A cena em que o fusca transformado resolve explorar a casa de sua amiga humana é praticamente uma homenagem ao clássico de Spielberg, E.T. Não à toa, o diretor do spin-off, Travis Knight (Kubo e as Cordas Mágicas), buscou esta inspiração bem conhecida. “Eu fui uma criança dos anos 80, cresci amando os clássicos contos de Spielberg e isso foi algo que quis trazer para o Bumblebee. Uma das coisas que mais amo no cinema é compartilhar nossas experiências e nossas histórias com outras pessoas. É uma maneira de se conectar com as pessoas” revela o diretor.

Então, todo o visual meio Joan Jett de Charlie, o parque de diversões, os carros e toda a ambientação do filme nos levam diretamente aos anos 80. Acalentando os corações daqueles que, como eu, amam a década em que nasceram. Claro que o filme pode parecer igual a muitos que já assistimos, mas é um daqueles filmes Sessão da Tarde que podem divertir a família e ainda ensinar muito sobre amizade.

E a ação?

Michael Bay ficou na produção dessa vez e aparentemente deu muito certo. Travis levou a história de volta ao começo e trouxe a essência do personagem já conhecido. Aqueles que acompanham a franquia Transformers sabem que o diferencial de Bumblebee é sua jovialidade e sua proximidade com os humanos. O diretor conseguiu trazer tudo isso e ainda encaixar cenas de ação coerentes.

Como uma pessoa que não liga a mínima para filmes de ação, essas sequências me entediam bastante. Mas neste caso, elas foram curtas e era possível entender o que estava acontecendo na tela. Coisa que muito filme por aí não deixa acontecer. Infelizmente o som é sempre alto demais para meus tímpanos, mas nada que eu não resolva assistindo ao filme com fones de ouvido para abafar. Não quero ficar surda tão cedo.

Bumblebee é um bom companheiro…

O filme tem tudo para divertir tanto adultos quanto crianças. O protagonista Autobot é bem fofo e atrapalhado. Quando está na paz seus olhos brilham uma luz azul. Quando está triste eles caem como os de um filhotinho. Já quando fica nervoso e precisa se transformar num robô violento, seus olhos mudam para um vermelho intenso. E sua companheira Charlie não decepciona. A amizade entre ambos é sincera e a atriz mandou muito bem contracenando com o fusca.

Aqui no Brasil, a atriz Paolla Oliveira vai ser a voz oficial da vilã Shatter. “Ter minha voz imortalizada numa franquia de tanto sucesso, ainda mais uma vilã, é muito bom, fiquei muito feliz com o convite. É um filme familiar, que todo mundo pode se divertir, tem ação, tem emoção e, apesar de eu fazer uma vilã, o filme tem uma bela mensagem de amizade e cumplicidade” conta Paolla. E o aclamado dublador Guilherme Briggs, faz voz oficial do líder dos Autobots, Optimus Prime, que aparece pouco, mas tem sua importância na trama.

Bumblebee é uma ótima pedida para se divertir! O filme estreia no dia 25 de dezembro nos cinemas!