Garota Inflamável

Julie, a pobre menina rica, quero dizer, a menina que quis ser e ficar pobre, vem com todas as suas questões e críticas para deixar a gente com dúvidas do tipo: “Você é hoje o que queria ser? Este é um filme com muitas explosões de sentimentos que fazem a menina Julie ser a Garota Inflamável.

Com um humor ácido, o filme traz a atriz Natália Belistski na pele dessa uma moça totalmente tomada por sentimentos e ao mesmo tempo travada pelos mesmos. Ela não tem amigos, não trabalha e não estuda, passa seu dia fazendo absolutamente nada dentro de uma clínica onde cuidam de pessoas com problemas mentais.

No começo é como se a gente a enxergasse como uma pessoa sã apenas indo na clínica para ficar quieta, já que ela tem advogados e mostra ser rica, tratando tudo como hobby, mas depois, com o decorrer da trama percebemos que quando ela conhece sua nova enfermeira, Agnes, que entrou no lugar de outra enfermeira que cuidava de Julie (que ninguém explica o motivo da demissão) vemos a verdade sobre Julie, ela não é tão boa da cabeça como achamos.

Garota Inflamável

Agnes é uma enfermeira jovem, casada e com uma filha pequena, que mostra para todos que não é feliz com a vida que tem e até coloca em pauta mães que não tem afinidade com seus filhos ou que não amam os seus filhos como é pra ser. A filha de agnes tem sérios problemas com a mãe e não fala com ela, é uma criança com muitas dificuldades na escola, já que ela precisa de um apoio que não tem. Agnes deixa claro que se arrepende de ser mãe e luta para que isso mude, mas no seu novo trabalho ela tem que cuidar de Julie, o que muda um pouco o roteiro da vida de Agnes e faz com que ela se entregue à moça de um jeito bem estranho e nada saudável.

Julie começa um conflito com o advogado da família que a informa que ela gastou toda herança e acabou perdendo a casa onde morava com sua mãe. Tudo depois disso vira um turbilhão para Julie e para Agnes, que caiu nessa burrada de se envolver com ela. Na minha opinião, Julie é uma rebelde que só precisava ouvir uns “Nãos” na vida para ser um ser humano melhor, pois ela mostra que é fria e faz o que dá na telha e isso faz com que Agnes também sofra as consequências.

Acho que o roteiro de Garota Inflamável errou apenas em não explorar mais a fundo a vida de Agnes, poderia ser a história dessas duas mulheres, cada uma com uma vida e um destino diferente. Gostaria de ver mais potencial em Julie também, que mesmo sendo a chata, você consegue ver que tem alguma esperança.