Gemini: O Planeta Sombrio

Quando a Terra é ameaçada por um vírus terrível, um grupo de pessoas parte em busca de outro planeta que possa ser colonizado e, mais tarde, habitado pelo ser humano. No meio do caminho, no entanto, um ser misterioso invade a nave e coloca toda a tripulação, e automaticamente a Terra, em perigo.

Distopia

A trama de Gemini: O Planeta Sombrio se passa em um futuro próximo, por isso, a audiência é apresentada a várias tecnologias novas e várias soluções para alguns problemas que já existem. Mas claro que a realidade atual também aparece como referência.

Os seres humanos evoluíram, mas a Terra está cada vez mais devastada, além disso, um vírus contaminou boa parte das pessoas e ainda não existe vacina para ele. Esses dois elementos, por exemplo, estão muito próximos da nossa realidade.

O que tem de distópico em Gemini: O Planeta Sombrio é a maneira com que se pretende resolver essas questões. Em vista dos problemas na Terra, a humanidade recorre a outros planetas e sai em busca de um que possa ser habitável, e o que o filme mostra é a viagem a esse lugar. O caminho parece fácil, mas no meio a tripulação descobre que tem alguma coisa dentro da nave.

As vidas pessoais

O longa também se preocupa em mostrar algumas das vidas pessoais dos tripulantes da nave. Quem ganha mais destaque é Steve (Egor Koreshkov), que deixou a esposa (Alyona Konstantinova) grávida na Terra para cumprir sua missão, mesmo ela pedindo para ele não ir e lhe informando que estava estudando uma vacina para o vírus.

O filme detalha praticamente toda a relação dos dois para que a plateia também possa se sentir próxima deles.

Outra pessoa que tem uma parte da sua história contada é David Kurtz (Dmitriy Frid), que perdeu sua filha e que ainda vive um luto.

Aspectos técnicos de Gemini: O Planeta Sombrio

Esta é uma ficção científica bem típica, a produção é russa, mas tudo aqui é guiado pelo cinema americano, e o filme se parece com filmes como Alien – O 8º Passageiro. Embora Gemini preencha quase todos os pré-requisitos do gênero, seu roteiro não é exatamente bem pensado.

Justamente porque ele lembra vários filmes americanos no mesmo estilo, não existe muita surpresa. A escolha de não mostrar a tal criatura que assombra a nave durante o máximo de tempo possível é inteligente, porque mantém um suspense, ainda que a plateia tenha algumas pistas do que vem pela frente.

Por outro lado, Gemini: O Planeta Sombrio não assusta e nem se destaca pela ação especialmente, o filme, na realidade, é um pouco parado e vai se tornando cansativo. Outro problema do longa é a pouca participação feminina e o quanto essa participação é cheia de estereótipos, só tem uma tripulante mulher (Liza Martines), e ela não só é a mais emotiva do grupo, como também passa boa parte do tempo de lingerie, enquanto seus colegas usam roupas apropriadas.

Gemini: O Planeta Sombrio é muito parecido com vários filmes de ficção cientifica, e tem um roteiro pouco trabalhado, que não surpreende a plateia. O filme chega aos cinemas no dia 2 de fevereiro.