Injustiça: Deuses Entre Nós

Adaptada dos jogos, Injustiça: Deuses Entre Nós sintetiza todo o longo enredo num filme com menos de duas horas, mudando aqui e ali (como colocar Asa Noturna bobamente como novo Desafiador, ou então Ra’s Al Ghul como o verdadeiro vilão, pfff), mas ainda mantendo a essência: de que a moralidade do Superman é colocada em jogo, depois que o Coringa explode Metrópolis e faz o azulão matar a Lois, que estava grávida.

Ele então mata o Palhaço do Crime e com isso, tudo muda. O super-herói vai, gradualmente, mudando seu comportamento diante da lei e do crime, fortemente amparado pela Mulher-Maravilha (que aqui, só é motivada pelo tesão que tem por ele, gente do céu), enquanto o Batman e outros se contrapõem a sua tirania.

Mas nesse longa animado, o diretor Matt Peters erra a mão ao passar um pano danado para o Homem de Aço, já que mesmo se desmoralizando durante a rodagem, ele ainda tem atos nobres (como salvar seus antigos amigos de um tiroteio), quase que para compensar um extermínio horas antes (de centenas de adolescentes que idolatravam o Coringa) — mas não compensa nada.

Mesmo com uma animação horrorosa e um clímax repleto de reviravoltas excessivas e de pouco efeito dramático, o filme consegue entreter minimamente dentro da proposta (Arqueiro Verde e Arlequina entregam bons momentos), brincando com os personagens que tem em mãos, tentando chocar de maneira gratuita, ainda que jamais alcançando o efeito do game original.

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