Jexi – Um Celular Sem Filtro (e um filme sem graça)
“Eu não gosto do Adam Devine, mas posso ir”, respondi eu quando fui convidado para assistir Jexi – Um Celular Sem Filtro, que estreia dia 05 de março nos cinemas brasileiros. Como eu também não gosto de mim mesmo, aceitei me submeter ao filme que, sim, é tão ruim quanto esperado e quanto o subtítulo brasileiro faz parecer. Dessa forma, Jexi conta a relação amorosa entre um homem e o sistema operacional de um celular. Sim, o plot é idêntico ao filme dramático “Her” (de Spike Jonze, 2013), só que Jexi tem bem menos humor.
Jexi e o Phil Faria Limer
Adam DeVine interpreta Phil, o personagem principal. Phil trabalha numa empresa que é uma paródia do Buzzfeed, criando listas para viralizar na internet e consegue, com o salário de jornalista, morar no centro de San Francisco, num dos metros quadrados mais caros do mundo.
O fato de eu achar Adam DeVine um dos comediantes mais sem graça da atualidade ajuda em criar a antipatia toda que eu desenvolvi com o protagonista. Phil é uma pessoa impossível de se gostar. Em momento nenhum dá pra torcer por ele. Talvez os fãs do ator venham a discordar e podem até gostar do filme, já que ele gira todo em torno dele. Mas seu humor físico consegue ser até pior do que o escrito.
Além, é claro, do longa ser previsível que dói. Com 3 minutos de filme já dá pra saber o final. Com 15 minutos já dá pra se arrepender de ter comprado o ingresso. Aí com 40 minutos, é possível repensar a própria vida e a sequência de decisões erradas que culminaram em você estar assistindo aquilo.
Bug
São raríssimas as piadas que funcionam no filme. Sendo assim, sem um enredo decente, quase nada se salva. Se algum elogio resta, as participações de Michael Peña e Wanda Sykes são boas e saem deles os melhores momentos do filme.
Mas não é o suficiente e Jexi chega como a pior comédia desde que o canal do Parafernalha parou de produzir vídeos. O filme é tão ruim que eu tenho vontade de revisar todas as críticas que eu já escrevi e aumentar a nota delas.