Krampus: O Acordo

Filme de terror que perde oportunidades

Zoe (Amelia Haberman) é uma menina estranha e solitária que vive em um orfanato. Como ela pouco se comunica e não se dá bem com as outras crianças, a psicóloga Rachel Stewart (Monica Engesser) é chamada para analisá-la.

Rachel logo descobre que Zoe tem um amigo imaginário que ela chama de Krampus e, curiosa, passa a investigar o passado da menina só para descobrir uma história ainda mais sinistra.

Krampus

Krampus, o monstro que dá nome ao filme, é uma criatura mitológica que faz parte das lendas de vários países, ele é uma espécie de Papai Noel do mal, que pune as crianças que foram desobedientes e não se comportaram antes do natal.

O filme usa de uma criatura mitológica: Krampus
O filme usa de uma criatura mitológica

Aqui Krampus é citado por Zoe, uma menina estranha que não faz amizades, mas que diz conversar com Krampus com frequência, ela inclusive culpa a criatura por vários acontecimentos terríveis que parecem segui-la ao longo de sua vida.

No entanto, o filme quase não aproveita dessa figura e de toda a mitologia que a cerca, apenas o citando, mas sem se dar ao trabalho de explicar e nem sequer ser fiel à lenda. Assim, Krampus: O Acordo perde uma grande oportunidade que é usar dessa criatura que de fato é assustadora e ainda fazer um filme de terror que se passa em uma época que é normalmente retratada como feliz e alegre.

Rachel

Krampus: O Acordo também se aproxima da vida de Rachel, a psicóloga que deve analisar Zoe. A princípio, parece que ela não é importante e que seu único papel é entender Zoe e revelar o que ela aprendeu para a plateia, mas a psicóloga é, na realidade, a protagonista.

O longa perde várias oportunidades
O longa perde várias oportunidades

Logo a trama passa a acompanhar a personagem não só no seu trabalho, onde ela faz consultas periódicas com Zoe, mas também em casa, onde ela pesquisa mais sobre a menina e através de sua pesquisa, a audiência também começa a desvendar o mistério que é Zoe. O longa também mostra um pouco da vida pessoal de Rachel, mas esse assunto é bem menos interessante do que as pesquisas dela.

A presença de Rachel é importante para que os segredos de Zoe comecem a ser revelados, já que boa parte do que é descoberto durante o filme se dá em função do que Rachel pesquisa e encontra, mas ela não é uma personagem especialmente carismática, de quem é fácil gostar, por isso, as cenas dela são meio desinteressantes e de uma maneira geral, sem graça.

Aspectos técnicos de Krampus: O Acordo

A produção usa de alguns elementos bem clássicos dos filmes de terror, como por exemplo a criança que é, aparentemente, inocente, mas que esconde um segredo perigoso, e o adulto que vai desvendá-la e ajudá-la, ou as pesquisas que Rachel faz que não ensinam só a ela, mas também todos que estão assistindo ao filme e assim é possível ir desvendando os segredos que rondam o longa.

Os aspectos técnicos de Krampus não ajudam muito
Os aspectos técnicos não ajudam muito

Mas o filme perde chances o tempo todo. Krampus realmente é uma criatura assustadora, que não é muito conhecida aqui no Brasil, o longa, no entanto, não tem muita vontade de dar mais destaque a essa lenda, o resultado é que o monstro, que é o principal atrativo do filme, parece deslocado, aparece muito pouco e acaba perdendo a importância na trama.

Outro problema é que o Krampus é terrivelmente mal-feito, ele não é assustador e sim, digno de riso. Um destaque positivo do filme é o elenco, que é razoável, Monica Engesser se sai bem e Amelia Haberman está muito bem como Zoe.

Krampus: O Acordo até tem um tema com bastante potencial, mas não sabe aproveitar nada dele e se torna um filme de terror que não assusta e nem entretém.

Krampus: The Reckoning

Nome Original: Krampus: The Reckoning
Direção: Robert Conway
Elenco: Monica Engesser, Amelia Haberman, James Ray, Kevin Tye, Sean G.P. Anderson
Gênero: Terror, Thriller
Produtora: FunHouse Features
Distribuidora: A2 Filmes
Ano de Lançamento: 2015
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