Loki – Como foi a 1ª temporada da série
Loki, o Deus da Trapaça, foi responsável por dar start na formação dos Vingadores lá em 2012, além de ter incluído o grande nêmeses da primeira fase (Thanos) muitos anos antes, portanto, faz muito sentido que uma variante desse anti-vilão agora “startasse” a fase 2 e apresentasse o próximo grande inimigo do MCU.
Com seis episódios, que facilmente poderiam serem resumidos a 4 (o primeiro não diz a que veio e o terceiro é completamente descartável), Loki é uma divertida série que brinca com todos os clichês e conceitos de viagem no tempo e multiverso, que já consumimos a rodo pela cultura pop.
Loki – 1ª temporada
Consciente disso, o showrunner Michael Waldron não esconde suas diversas referências e ainda expõe outros símbolos (do mundo real: como o navio militar USS Eldridge, o sequestrador de avião D.B. Cooper etc). Doctor Who talvez seja o principal homenageado por aqui, tanto no tom aventuresco, quanto na ficção científica proposta.
Além disso, evoca vários momentos de outros filmes da Marvel, diversos easter-eggs para os fãs mais fervorosos e muitas citações — que servem mais pontualmente, ainda que algumas possam realmente resvalar para a cronologia.
Cronologia essa que, agora, com o passo dado de brincar com várias versões de personagens e universos, não se tem mais volta. Os resultados veremos em Homem-Aranha 3: Sem Volta Para Casa e Doutor Estranho 2 – No Multiverso da Loucura, e até mesmo em Homem-Formiga e a Vespa 3: Quantumania, afinal.
E aqui começam os spoilers:
Kang, o Conquistador, do sempre ótimo Jonathan Majors, finalmente foi apresentado no último episódio. Ok, não sua versão vilanesca, mas uma variante mais moderada, que já adianta os horrores que estão para vir e mesmo assim, algumas decisões erradas são tomadas.
Vale ainda destacar os bons momentos de Tom Hiddleston no papel (mais à vontade do que nunca), Sophia Di Martino (uma grata surpresa), Owen Wilson (eternamente carismático), além de Gugu Mbatha-Raw e Wunmi Mosaku, que encontram um ponto de equilíbrio importante no meio de tanta informação, vaivém e loucura.
As regras do jogo são bem explicadas (ainda que complicadas demais ali, simples demais acolá), o valor de produção segue alto (assim como em WandaVision e Falcão e o Soldado Invernal), mas o roteiro, ciente de sua continuidade futura e importância maior para o estágio 4 do MCU, enrola bastante no meio do caminho, o que pode aborrecer os mais estafados.
Aos que sobreviverem até o final da jornada, terão vivido uma aventura curiosa, que serve mais para a construção do que virá, do que pela experiência em si e isso sim é bastante válido. O futuro é assustador e isso é ótimo. Veremos.