Moonage Daydream
É tão bonito ver sua vida em um filme, principalmente quando é de alguém tão especial como Bowie, é tudo tão belo e bem feito que parece coisa divina. Pegaram só as partes perfeitas (como se existissem partes ruins, até parece) e colocaram dentro desse documentário que parece ser narrado pela própria lua, na verdade, é tão belo que parece ser mesmo um Moonage Daydream (Sonho Lunar).
Utilizando músicas que a maioria de nós conhece e que mexem muito com nossa memória afetiva, você chora já com o som da abertura, e as cores tão impressionantemente lindas, que pra mim é como se elas tivessem som, pois cor tem um som? Bom, tem, e com toda essa dedicação, além de ser possível ver as cores, você as sente, parece um infinito de Bowie.
Brett Morgen é quem dirige o documentário Moonage Daydream, que nada mais é do que as cenas reais da vida do astro do rock, contando com imagens inéditas de estúdios, shows, atuações, desenhos e até diários que nunca ninguém havia colocado a mão, uma verdadeira coleção de valor.
Moonage Daydream
David Bowie sempre foi conhecido por suas letras e performances sem defeitos, foi o ápice do seu tempo, foi o único da sua era com tanta coisa pra entregar para nós, meros mortais. Ele sempre passou um ar de “tá tudo bem, seja quem você quer ser”, e com suas roupas e maquiagem icônicas, ele ganhou o mundo. Na verdade, foi o mundo que ganhou ele, tanto que ele era conhecido como o Camaleão do Rock, toda vez era uma coisa nova e bem feita.
Ele sempre foi curioso com a arte e levava a cultura a sério por todos os países em que passou. Bowie não se considerava uma pessoa que acreditava em Deus apenas, ele acreditava em tudo, acreditava na força maior que é a energia universal, tanto que ele era fascinado pelo universo, ele gostava de coisas novas, nunca se entregou ao cotidiano, ao marasmo da vida, trabalho com ele é movimento, é questionamento, viver com uma pessoa dessa deve ser algo para ser feliz eternamente. Tudo com ele era bonito e especial, e ele segurou com força a sua personalidade, mesmo quando todos questionavam sua bissexualidade, ele nunca se deixou cair e tinha uma postura de dar inveja.
David sempre parecia muito sozinho e por isso fazia tanta coisa simultaneamente, mas ao mesmo tempo ele passava para todos a ideia de que ele se bastava, pois são mais de 50 anos de um legado que não existe defeito, a não ser sua morte, que faz com que o mundo, que precisa tanto de pessoas como ele, sinta a sua falta.