Mulher-Maravilha: Terra Morta
Com um traço nervoso, estiloso e autoral, Warren Johnson usa e abusa de desculpas visuais criativas ou impactantes para narrar uma trama extremamente clichê e pós-apocalíptica envolvendo a Mulher-Maravilha em um futuro com a humanidade quase dizimada e dominada por monstros na HQ Mulher-Maravilha: Terra Morta.
Brincando com recursos das narrativas de mangá e do quadrinho europeu, o autor sabe criar designs interessantes para alguns personagens que já conhecemos. E claro, como a maioria dos desenhistas que se mete a roteirista, ele peca bastante com diálogos pobres, um enredo clichezérrimo que se enrosca no segundo ato, muitas reviravoltas previsíveis e momentos cafonas quando tenta gerar emoção.
Mas creio que tudo isso seja superado pela arte deslumbrante e as boas sacadas de planejamento de páginas, uma mais surpreendente que a outra, de cores vibrantes (sem contar que todo o lance envolvendo o Superman é bem divertido). Às vezes um gibi massa que busca oferecer o mínimo, ainda é melhor do que a mesmice das mensais.