Não Se Preocupe, Querida
Com tanta turbulência de bastidores e muita mídia em cima, não do filme, mas das suas polêmicas causadas por atores que deveriam ou não deveriam estar nele, com suposto romance entre Olivia Wilde e Harry Styles, até que enfim saiu então o filme Não se Preocupe, Querida de Olivia Wilde.
É muito difícil saber que em um lugar com tantos atores foda existam tantas desavenças e que hoje em dia todo mundo sabe o que rola dentro dos bastidodes de uma produção. Não se Preocupe, Querida tem Harry Styles e Florence Pugh como protagonistas, mas não era para serem esses os protagonistas, pelo menos não ele. Harry entrou no lugar de Shia LaBeouf, que desmentiu para a imprensa que não queria fazer o filme.
Olivia tinha falado que demitiu LaBeouf do filme e então ela o substituiu por Harry, com quem estava tendo um suposto caso na época. Shia fez questão de trazer a público todo o seu descontentamento falando que queria sim fazer o filme e que os atores não ajudavam com agendas para o ensaio. Ele enviou para o portal Variety prints, um vídeo e uma cópia de um e-mail que enviou para Olivia onde a mesma se refere a Florence como “Miss Flo” em tom irônico. “Minha demissão nunca aconteceu, Olivia. Peço humildemente, como alguém que está interessado em fazer a coisa certa, que você corrija a narrativa da melhor maneira que puder. Espero que nada dessa negatividade te afete, e que seu filme seja um sucesso.” Florence nessa história toda só ficou quieta, gravando o filme, e não postando em suas redes.
Mas não se preocupe, querida, vamos ao que interessa de verdade
Harry é Jack e Florence é Alice, um casal morando em uma cidade devidamente perfeita, que é mais uma comunidade experimental do que uma cidade. As mulheres estão sempre impecáveis, mantêm suas casas arrumadas e preparam o jantar para seus maridos que estão trabalhando no projeto Vitória, e que por nenhuma circunstância, eles podem falar sobre o que é o trabalho de verdade.
Tudo é tão perfeito e simétrico, que Alice começa a questionar o porquê disso tudo. Ela começa a ter alucinações, sonhos e começa a ver um pouco da realidade. Seu marido bem sucedido e com um futuro brilhante não vê nada de errado, mas tudo começa a cair para Alice quando ela vê Margaret, sua amiga, totalmente em desequilíbrio mental e ninguém quer falar sobre isso. Alice começa uma corrida para tentar provar que existe alguma coisa errada ali e para descobrir o que está acontecendo. Ela tenta fugir, mas as coisas não saem como o planejado e Alice vira alvo e tem que ser silenciada de algum jeito.
Esse roteiro deixou muito a desejar, acho realmente que me lembrou um pouco o filme Corra!, mas falharam grandiosamente, até porque se o roteiro fosse bom, ia ser um “Corra!”, só que de gente branca. Outra coisa que me incomodou foi colocar a mulher em um lugar onde estamos tentando sair há anos, que é o de ser louca ou histérica e ninguém ligar para o que falamos, mesmo a gente falando o que é certo, além de homens em seus lugares de homens querendo suas mulheres submissas e fazendo de tudo para manter isso perfeitamente intacto. A narrativa é bem confusa e não agradou. Talvez se o LaBeouf tivesse feito o papel do Jack eu teria gostado mais.