Baseado no livro “Hold the Dark” de William Giraldi, Noite de Lobos, a adaptação da Netflix conta a história do naturalista especialista no estudo de lobos, mas agora aposentado e escritor Russell Core. Ele recebe uma carta de ajuda escrita por Medora Sloane, mãe que teve seu filho possivelmente morto por lobos. Assim como outras três crianças da região. Agora, ele terá que rastrear os animais nas montanhas do Alaska, e vingar em nome da mãe do garoto.

Noite de Lobos (assassinos)

As tomadas de Jeremy Saulnier são cinematograficamente impressionantes e com alto valor de produção. Mesmo com uma fotografia robusta e atuações competentes, a trama não se sustenta. O roteiro não tem norte. Distribuindo os pontos de vista, a história ainda apresenta o lado do personagem do sempre questionável Alexander Skarsgård, o grande problema por aqui (de construção de personagem e enredo). Uma figura que salva uma mulher do estupro, mas não tem escrúpulos ao matar um aposentado e um jovem inocente. Além de uma velha isolada no gelo. Inconsistente, o pai lutuoso nunca se justifica. O enredo finge ser inteligente, calcando a “complexidade” do filme na essência humana, em um lado mais selvagem e brutal.

Repleto de violência explícita e personagens perdidos andando de um lado ao outro, Noite de Lobos é basicamente uma história sem pé nem cabeça. Eventualmente tenta entregar um drama embalado por suspense. A medida que flerta com cenas de horror, apenas consegue desapontar, ao não chegar a nada. Sessão dispensável, a não ser que você queira assistir algo para pegar no sono.

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