O Mundo Sombrio de Sabrina – 4ª temporada
Boas ideias não se sustentam em desfecho forçado pelo cancelamento da produção
Ao longo dos oito episódios de O Mundo Sombrio de Sabrina – 4ª temporada, Os Terrores do Sobrenatural descerão sobre Greendale. O coven deve lutar contra cada ameaça aterrorizante (O Estranho, O Retornado, A Escuridão, para citar alguns), tudo levando até O Vazio, que é o Fim de Todas as Coisas. Enquanto as bruxas travam uma guerra, com a ajuda do Clube do Medo, Nick começa a ganhar lentamente o seu caminho de volta ao coração de Sabrina, mas será tarde demais?
Vale lembrar que a série, que foi criada por Roberto Aguirre-Sacasa, tinha programado um grande crossover em sua 5ª temporada com outro programa também produzido por Sacasa, Riverdale. No entanto, devido ao cancelamento da série pela Netflix, esse projeto nunca verá a luz do dia, para a tristeza dos fãs.
Depois de dois últimos anos cativantes e divertidos, a obra de Roberto Aguirre-Sacasa se vê quase esgotada e ainda que sustente uma premissa interessante com os Terrores do Sobrenatural como vilão da vez, as ideias ainda não são suficientes para manter o interesse do público, com uma boa parte dos episódios se arrastando em desenvolvimentos não tão interessantes assim.
O Mundo Sombrio de Sabrina – 4ª temporada
Das boas sacadas da produção, é que o formato proposto agora permite uma pegada mais procedural a série, que nunca foi pensada assim, portanto cada episódio apresenta um “inimigo da semana”. O começo e o desfecho são potentes, o problema fica no meio e, talvez, uma aparente canseira de seu elenco, além de algumas mudanças de status de personagens que parecem convenientes demais.
O flerte com Cthulhu fica apenas no flerte mesmo e, como essa série foi cancelada pela Netflix durante sua produção, não temos de fato um final digno, portanto, o último episódio deixa naturalmente várias pontinhas soltas para uma provável quinta temporada, que jamais virá a acontecer. Encerrando assim uma importante obra juvenil com um final meio agridoce e até boboca (sério, a última cena é inacreditável). Uma pena, mas não chega a ser exatamente um erro de roteiro. Foi bom enquanto durou.