Os Caça-Fantasmas

Partindo de uma ideia louca e original de Dan Aykroyd (fascinado pela paranormalidade, tal qual seu personagem Ray Stantz também se tornaria), durante sua fase no Saturday Night Live, a primeira versão do roteiro de Os Caça-Fantasmas seria completamente diferente dessa produção que marcou (a minha infância) os anos 1980, envolvendo viagem pelo tempo e espaço atrás de assombrações, com John Candy, Eddie Murphy e John Belushi no elenco.

Com a morte do último, os rumos do enredo mudaram e chegaram novos rostos nesse clássico da cultura pop, agora com o sacana Bill Murray, o nerd Harold Ramis e o operante Ernie Hudson (ou Peter Venkman, Egon Spengler e Winston Zeddemore, como queira). Sigourney Weaver, Dana Barrett e Rick Moranis fecham o elenco (de personagens que poderiam ter muito mais tempo de tela).

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Simples e eficiente, toda a mitologia é apresentada de maneira criativa, com sua ciência maluca, os apetrechos incríveis, um veículo maneiro, uma trilha marcante, repleto de figuras carismáticas, dirigidas de maneira engraçadíssima por Ivan Reitman, que sustenta a comédia acima de qualquer outro gênero por aqui. A maneira como o desafio/inimigo se apresenta e depois como é resolvido, ainda me parece super coeso e consistente do ponto de vista narrativo, quase 40 anos depois.

Um “terrir” singular, honestamente feito para adultos e crianças (mesmo com todas as piadinhas sexuais embutidas ali, algumas explicitamente, mas que o Douglas de 8 anos não captou na ocasião), para uma sessão divertida e que se manteve no imaginário popular tanto pelo homem de marshmallow, quanto pela continuação e também a significativa animação de 1986.