7500 – Extremamente realista e tenso
Produção deixa o espectador sem saída
O premiado diretor de curtas, Patrick Vollrath, faz sua estreia nos longa-metragens com 7500, este suspense sobre o sequestro de um avião, no estilo “de um cenário só” (à maneira de “Locke”, “Doze Homens e Uma Sentença”, “Enterrado Vivo” etc.): ou seja, o cockpit.
Sufocante, o filme trabalha com a câmera sempre colada em seu protagonista e desenvolve todo o drama sustentado nele e em suas decisões, que dado o extremo realismo adotado pelo diretor (tanto na montagem quanto na fotografia dessaturada), tem resoluções amargas em vários aspectos e deixa o peso recair sobre o público, estando preparado ou não, fundamentando bem assim sua proposta.
7500
7500 é o código que deve ser acionado no caso de sequestro de uma aeronave. Ao mesmo tempo em que é acionado, os pilotos devem fazer de tudo para que os sequestradores não entrem na cabine. Enquanto isso, os bandidos podem fazer reféns e ameaçar toda a tripulação.
Joseph Gordon-Levitt, que estava sumido das telonas, realiza aqui o melhor papel de sua carreira. Destaque também para a intensidade de Omid Memar que, por outro lado, é responsável pelo melodrama exacerbado do filme (e que quase o faz escorregar).
Em tudo o que propõe nessa produção de baixíssimo custo para a Prime Video, Vollrath acerta, colocando o espectador dentro da cabine e o abandonando lá a própria sorte. Ainda bem.