Panorama Digital do Cinema Suíço
Festival de Cinema Suíço tem programação online e gratuita
O Panorama Digital do Cinema Suíço chega a sua oitava edição e traz muitas novidades para o ano de 2020. O festival tem como intenção aproximar o púbico brasileiro da produção cinematográfica suíça e, em função do covid-19, traz pela primeira vez uma programação completamente online e gratuita.
A programação conta com quatorze longas metragens e dois programas de curta, que poderão ser assistidos na plataforma Sesc Digital. A mudança para a programação digital também é uma forma de aumentar o alcance do festival.
O Panorama Digital do Cinema Suíço tem uma programação com filmes lançados entre 1969 e 2019, que se dividem entre documentários e ficções.
Além disso, o festival também homenageia o cineasta Alain Tanner, famoso por filmes como Charles Morto ou Vivo e A Cidade Branca, e o ator Bruno Ganz, famoso por interpretar Adolf Hitler, no filme A Queda! As Últimas Horas de Hitler.
Os filmes do Panorama Digital do Cinema Suíço
Entre as ficções, estão os filmes Praça Needle Baby, Temporada de Caça, Bruno Manser – A Voz da Floresta, Aqueles que Trabalham, No Meio do Horizonte e O Vento Muda, e entre os documentários estão Meu Primo Inglês, Sobre Ovelhas e Homens, Um Perfume de Liberdade, Madame, Contradizer e A Jornada.
A homenagem a Tanner e Ganz conta com Charles Morto ou Vivo, A Cidade Branca e O Fim do Mundo. Além de dez curtas metragens, divididos em dois programas, um totalmente voltado para o público infantil. Confira os destaques abaixo.
Contrapor (2019), de Peter Guyer e Thomas Burkhalter
Contrapor acompanha um grupo de músicos, dos mais variados gêneros, enquanto eles se apresentam e refletem sobre o desenvolvimento e a globalização em Gana. Os músicos se apresentam em público e mostram que um país é feito de pessoas e culturas diferentes e, consequentemente, de objetivos diferentes.
Indo ainda mais longe, o documentário se pergunta o que cada pessoa pode fazer, como individuo, para se contrapor ao que não concorda em seu país. O filme fala especificamente de Gana, mas cabe para todos nós. Tanto na maneira em que mostra a construção e evolução do país, quanto quando fala sobre a responsabilidade de cada pessoa em mudar a sua realidade.
O documentário conta ainda com clipes de cada um desses músicos, gravados exclusivamente para o longa.
Meu Primo Inglês (2019), de Karim Sayad
Meu Primo Inglês acompanha Fahed, um homem argelino que, em 2001, se mudou para a Inglaterra, na expectativa de ter uma vida melhor. Claro que o que ele encontrou na Europa não foi bem o que ele esperava. E assim, Fahed se viu em uma vida de trabalho e de esforço e de pouca realização.
Em 2018, Fahed começa então a pensar na vida e precisa decidir se continua na Inglaterra, onde trabalha cinquenta horas por semana ou se volta para o seu país natal.
Meu Primo Inglês é um documentário bonito e emocionante que toca em uma questão cada vez mais relevante: a imigração. O sonho de Fahed é ter uma vida melhor e ele acredita que vai conseguir isso em um país onde supostamente tem mais chances, no entanto, não é isso que vê quando já está na Inglaterra.
O filme mostra que a vida do imigrante não é fácil, nem quando ele migra, nem quando ele vive em seu país natal, afinal, é preciso ter um motivo bem forte para sair da sua zona de conforto. Meu Primo Inglês usa uma história específica para falar sobre qualquer imigrante, de qualquer parte do mundo.
O Panorama Digital do Cinema Suíço acontece entre 27 de agosto a 6 de setembro. Os filmes podem ser assistidos gratuitamente pela plataforma Sesc Digital.