The Boys – 3ª temporada
O terceiro ano de uma das mais bem realizadas produções sobre supers dos tempos atuais, amplia sua narrativa ao focar dessa vez em paternidade (das relações de Bruto com Ryan, de Capitão Pátria com Ryan, de Soldier Boy com Capitão Pátria, de Leitinho com Janine, etc), enquanto continua mostrando as consequências quando as pessoas têm poder demais, os bastidores do mundo do entretenimento, com aquele humor ácido e as bem sacadas tiradas com o universo super-heróico (inclusive uma sátira com o Snyder Cut).
Mesmo com o desfecho morno, sem perdas significativas para os protagonistas e não alterando os caminhos da trama (que parecem ter dado uma ousada curva e voltado ao mesmo lugar), essa ainda foi a melhor das três temporadas.
The Boys – 3ª temporada
Dessa vez, cada personagem, entre os humanos e os supers, ganhou um arco próprio (e que não exatamente precisava caminhar em paralelo com o enredo principal), o que deixou tudo mais interessante, desde as “redenções” (mesmo com aqueles “poréns” de sempre) de Trem-Bala, Bruto e Rainha Maeve, até de novas camadas do maior vilão da cultura pop contemporânea, o Capitão Pátria ou daquele que entrou mudo e saiu calado, o Black Noir, passando por melhores explorações das figuras de Leitinho, Francês e Kimiko (que antes disso estavam bem jogados, é verdade), até passos que ainda estão na promessa, tanto da Luz-Estrela, quanto de Hughie e Stan Edgar. Profundo continua em seu ambiente seguro do patético, o que sempre funciona, enquanto Ryan e Victoria Neuman vão se firmando com potenciais ameaças para o futuro.
O Soldier Boy foi mais legal de ser por conta da figura do querido Jensen Ackles, do que pelo personagem em si, que me pareceu bem na média, porém o quarto e significativo episódio da Supersuruba se valeu não pela putaria (que já vimos melhor em American Pie e Game of Thrones), mas sim pelos embates visual e emocionalmente impactantes, como também pelas consequências após a ocorrência deles, o que mostra a força de The Boys para os programas atuais, já consagrado como uma das séries mais importantes da atualidade, não só pelo humor escrachado, situações escrotas e apontamos ácidos nas questões sociais, mas também enquanto produto cultural repleto de personalidade. E que venha mais.