Tetris
A grande sacada desse filme é mostrar as dificuldades de licenciamento de um dos joguinhos mais famosos do planeta através da extrapolação da realidade, nas ações das importantes figuras responsáveis por fazer Tetris chegar em todo o mundo, embalado como um tenso e divertido thriller de espionagem, com direito a ameaças assustadoras em salas fechadas, femmes fatales e perseguições de automóveis pelas ruelas da antiga URSS.
Para tanto, o diretor Jon S. Baird (de Stan & Ollie: O Gordo e o Magro) e o roteirista Noah Pink (que já escreveu outros projetos biográficos da série Genius, como Picasso e Aretha Franklin), colocam Taron Egerton como o otimista, teimoso e ousado Henk Rogers, que faz o possível e o impossível para licenciar Tetris (criado por Alexey Pajitnov, que aqui é representado por Nikita Efremov), rodando o globo, enquanto faz seus empréstimos, suas perigosas apostas e investidas, à medida que o enredo mostra mais dos golpismos da Mirror Group, de seu intermediário, da criação do GameBoy, da batalha entre Nintendo e Atari, e faz dessa aventura improvável uma história com heróis e vilões bem definidos (entre eles, a KGB), o que pode desagradar os biógrafos mais atentos, mas ainda vai divertir seu público.