Amor e Monstros – Aventura no apocalipse monstro

Amor e Monstros, essa história de aventura pós-apocalíptica com insetos e anfíbios gigantes como monstros da vez diverte o suficiente, só que não vai muito além (e nem precisa). A produção coloca o astro de Teen Wolf, Dylan O’Brien, correndo pra baixo e pra cima com sua cara abobalhada, algo que ele sempre soube fazer muito bem.

Diferente do que a Netflix vendeu em seus trailers, esse filme não é uma espécie de Zumbilândia, nem passa perto do humor sagaz e de cinismo forte da outra franquia, mas oferece um entretenimento leve, que em seu escopo de sobrevivência e aprendizado durante a jornada, flerta com a comédia romântica, mas na verdade está falando sobre núcleo familiar, veja só.

Portanto, não se engane. Os personagens de Michael Rooker e Ariana Greenblatt não replicam os de Woody Harrelson e Abigail Breslin no longa de 2009 e, na verdade, pouco tem a fazer por aqui, a não ser uma quase inútil participação especial, para ensinar algo ao seu protagonista, que ele poderia ter aprendido sozinho.

Amor e Monstros

Considerando que a resolução da trama e dos objetivos do personagem principal sejam meio óbvios, é nos monstros e na luta contra eles que reside a grande graça do filme mesmo. Suas sequências são ora divertidíssimas, ora tenebrosas e até nojentas.

E assim, o diretor Michael Matthews e o roteirista Brian Duffield (de A Babá, que é melhor ainda) realizam uma sessão da tarde descompromissada, com uma mensagem que funcionará muito melhor ao fim da pandemia: saia de casa e vá respirar lá fora.