Assim Falava Kishibe Rohan – minissérie em 4 episódios

Trash e bizarramente divertido

Spin-off do anime “JoJo’s Bizarre Adventure“, Assim Falava Kishibe Rohan conta a história de Rohan Kishibe, um famoso mangaka cuja vida gira exclusivamente em torno de seu ofício. Para alcançar o realismo necessário às suas obras, ele decide viajar pelo mundo em busca de inspiração, encontrando pessoas e ideias que influenciam no resultado de suas criações.

Mas o protagonista não fala sobre suas habilidades especiais: ele pode ler as pessoas com a força de seus pensamentos e, assim, mudar seu comportamento. Por meio da chamada “Porta do Céu”, que abre o caminho para o mais íntimo da alma, Rohan consegue reescrever memórias dos outros.

Para quem nunca tinha consumido nada de Hirohiko Araki, à primeira vista Assim Falava Kishibe Rohan soa apenas ridículo. Bastante ridículo. Uma cena tensa de um cara jogando pipoca para o alto e tentando pegar com a boca, para não perder a cabeça? Ridículo. Porém, ao final e para os leigos como eu, fica clara qual a pegada da obra: o trash.

Assim Falava Kishibe Rohan

Assim Falava Kishibe Rohan

A melhor comparação seria “A Morte do Demônio“, filme de 1981 de Sam Raimi, que sabe aliar como poucos a comédia absurdista com o terror gore. Em suma: trash, a mesma definição para essa minissérie em 4 episódios, com causos nonsense de histórias fechadas envolvendo o personagem e criaturas ou situações sobrenaturais, que em definitivo não se levam a sério, mas conseguem envolver na proposta.

Entre meus episódios prediletos estão o segundo (com um homicídio culposo e bizarro) e o quarto (envolvendo um bodybuilder que vai ficando cada vez mais obcecado pelo seu treinamento… e aqui, dada as inúmeras comparações que podemos fazer com colegas na realidade, ganha ainda mais graça).

Com um protagonista charmoso e carismático, e histórias que parecem ter saído de alguns livros menos conhecidos de Stephen King, o anime parece um material mais exclusivo e voltado para fãs de JoJo’s, porém pode funcionar com leigos como eu, também, ainda mais se esse espectador tiver uma bagagem cultural que vai muito além das produções asiáticas e também voltadas para o estranho e trash ocidental. São episódios curtos, para serem devorados de uma vez. Uma experiência divertida e válida.

Etiquetas

Deixe um comentário

Botão Voltar ao topo
Fechar