Especial Gerações: Tecnologia 5G

As conexões móveis tem avançado de maneira lenta no Brasil, entretanto, pelo mundo afora novos testes já estão acontecendo rumo a tecnologia 5G de comunicação de Internet para dispositivos móveis. Com o crescimento da IoT a quantidade de informações que tendem a tramitar será maior, assim como as vantagens do uso da tecnologia.

Além de operações cirúrgicas ocorrendo de maneira remota um conjunto enorme de ações pode acontecer se considerarmos o novo sistema porém o quão melhor a tecnologia é de fato? Tivemos a inserção e atualmente o crescimento da tecnologia 4G no país porém a realidade é um pouco diferente pelo mundo afora, onde a tecnologia já está bem solidificada. Vamos entender um pouco o que é esse G primeiramente.

O ponto G

Por mais chato que pareça o termo G é de Generation, logo, fica fácil sacar o que está acontecendo. Observando a própria progressividade tecnologica dos aparelhos que antes forneciam ligações, avançando para os SMS, acesso a e-mails, internet, aplicativos e hoje a própria internet se adapta para tentar prover conectividade de qualidade para os aparelhos, então, o avanço das tecnologias 1G, 2G, 3G, 4G e 5G acompanham esse avanço na tentativa de oferecer mais recursos para o consumidor. Ainda mais, o 4G e o 5G já apresentam uma evolução no pensamento sobre a inserção de equipamentos na rede mundial: é permitir que seu microondas, seu smartwatch, sua geladeira, seu portão, suas lâmpadas e muitos outros dispositivos estejam conectados. Vamos conhecer a evolução dessas gerações.

1G

É o sinal de telefonia analógico, usando a tecnologia AMPS foi popularizado na década de 80 e tinha velocidades semelhantes à conexão discada. Possuía baixa qualidade sonora e não permitia transmissão de pacotes de dados, suscetível a interferências o sinal poderia ser interceptado com facilidade, bastava que alguém sintonizasse na mesma frequência que seu aparelho para escutar a conversa.

2G

No ínicio da década de 90 migramos os sistemas de comunicação para o formato digital, passamos a utilizar a tecnologia GSM que provê diversas ferramentas para as operadoras de telefonia. Além de permitir mais conexões simultâneas com a mesma largura de banda, o novo padrão permitiu integrar outros serviços, que anteriormente eram independentes, no mesmo sinal, como exemplo podemos citar o envio de mensagens de texto (SMS) e a capacidade para transmissão de dados entre dispositivos de fax e modem. Na versão 2.5 foi incluído novos serviços como GPRS e EDGE. Para o tráfego de dados, já foram implantados o que foi chamado de 2,5G que oferece velocidades de até 114 kbps e o 2,75G, que utiliza o padrão EDGE (Enhanced Data rates for GSM Evolution), que prevê uma média de velocidade de tráfego de 400 Kbps.

3G

A tecnologia atual mais popularizada, incluindo no Brasil, utiliza as tecnologias WCDMA e CDMA e inclui as tecnologias HSPA e a evolução HSPA+, também comercializado no Brasil sob a alcunha de 3G+. O primeiro prevê velocidades de até 14 Mbps, enquanto o segundo chega até 21 Mbps. No Brasil, no entanto, os planos mais comuns são de 1 Mbps, triste não?  Entre os serviços, há a telefonia por voz e a transmissão de dados a longas distâncias.

4G

É a onda do momento, e todas as operadoras de celular estão correndo para conseguir cumprir os prazos da Anatel para implantação da tecnologia aqui no Brasil antes da Copa do Mundo, em 2014. A quarta geração da internet móvel promete revolucionar a velocidade de tráfego de dados no país e utiliza a tecnologia LTE.

Por aqui, ele está sendo implantado na frequência de 2,5 GHz, mas a tecnologia deve ser ampliada para a frequência de 700 MHz, que é vista com mais otimismo já que a tecnologia prevê tráfego de dados em até 100 Mbps.

A 4G estará baseada totalmente em IP sendo um sistema de sistemas e uma rede de redes, alcançando a convergência entre as redes de cabo e sem fio assim como computadores, dispositivos eletrônicos e tecnologias da informação para prover velocidades de acesso entre 100 Mbps em movimento e 5 Gbps em repouso, mantendo uma qualidade de serviço (QoS) de ponta a ponta (ponto-a-ponto) de alta segurança para permitir oferecer serviços de qualquer tipo, a qualquer momento e em qualquer lugar.

3G x 4G

A terceira geração revolucionou a telefonia móvel, pois com ela foi possível navegar em tempo real na internet até em lugares fechados, como elevador e metrô, algo que não era possível com 2G.

O 4G terá todos os benefícios do 3G e outros mais, como velocidade superior de quatro a cem vezes em comparação ao 3G. Além de suportar mais protocolos de rede.

No 4G algumas aplicações terão prioridade sobre outras conforme necessidade, alocando a conexão de forma inteligente. Os padrões de telecomunicações são definidos pelo ITU (International Telecommunication Union), que é uma agência das Nações Unidas.

No exterior, a tecnologia 4G já está disponível em alguns países da Europa, Ásia e nos EUA.

Geração 2G 3G 4G
Tecnologia GSM GPRS EDGE* WCDMA
(UMTS)
HSPA HSPA+ LTE** LTE-Advanced
Taxa de dados
máx. teórica (Downlink)
14,4 Kbps 171,2 Kbps 473,6 Kbps 2,0 Mbps 7,2/14,4 Mbps 21/42 Mbps
100
Mbps
1,0
Gbps
Taxa de dados
máx. teórica (Uplink)
473,6 Kbps 474 Kbps 5,76 Mbps 7,2/11,5 Mbps
50
Mbps
0,5
Gbps
Taxa de dados
média teórica
10-40 kbit/s 40-50 kbit/s 100-130 kbit/s 128-384 kbit/s 1-10 Mbps
Canalização (MHz) 0,2 0,2 0,2 5 5 5 20 100
Tempo de latência (ms) 500 500 300 250 ~ 70 ~ 30 ~ 10 < 5
Nota: Dw: Down Link (ERB->Celular); Up: Up Link (Celular->ERB).
5G

Além de permitir navegação em alta velocidade na rede, com vídeos de alta qualidade (até com resolução 4K) carregando quase instantaneamente, a rede 5G traz outras mudanças importantes.

Estima-se que o 5G permita a conexão de 7 trilhões de dispositivos—assim, cada pessoa no mundo poderá ter mil objetos conectados. Com a internet das coisas veremos novidades como carros conectados (e até autônomos) e casas inteligentes.

Ambientes urbanos devem mudar bastante ao longo da próxima década. Soluções conectadas ajudarão na análise de tráfego, fornecimento de água, além de outras inúmeras possibilidades. O 5G estaria disponível não somente para smartphones e tablets, mas também para carros, hospitais, casas, entre outros.

Tradicionalmente, as gerações de dados em telecom mudam a cada dez anos. Especialistas acreditam que o 5G deve começar a tomar corpo na sociedade lá por 2020. Como dito, o 5G não deve chegar tão cedo assim até os usuários.

Definidos os padrões, governos ao redor do mundo deve trabalhar para que seja possível implementar a rede. No momento, entidades, empresas e órgão internacionais estão debatendo e definido padrões para o 5G.

Depois disso, empresas devem começar a oferecer o serviço e também produtos preparados para o 5G. Enfim, é uma evolução de longo prazo.

Bem, nenhuma tecnologia nova é lá muito barata. Mas tem sido consenso entre empresas que o valor cobrado pelo 5G não pode ser astronômico. A ideia é que ele fique perto do que é cobrado por um plano 4G.

Etiquetas

Deixe um comentário

Botão Voltar ao topo
Fechar