Gêmeo Maligno
Muito do que é feito no terror contemporâneo, acaba sendo um misto de ideias já utilizadas, com um tempero aqui e ali que o torna diferente ao menos em um ponto, e tudo bem, é assim que o cinema se alimenta, dos clichês, sequências repetidas à exaustação e estereótipos. O terror é um dos gêneros que mais se utiliza das repetições e tributos, e tudo bem, nos acostumamos, aceitamos, contanto que a sessão nos recompense durante ou até o final.
Mas em Gêmeo Maligno temos pouco a ganhar, além do suspense inicial (onde na primeira hora nada acontece, fora as questões levantadas e muita conversa jogada no ar),da bela fotografia e da interpretação esforçada de Teresa Palmar, que tem pouco material com o qual trabalhar.
Gêmeo Maligno
O filme dirigido por Taneli Mustonen, que também assina o roteiro ao lado de Aleksi Hyvärinen, não tem nenhuma história para contar. O luto e seus estágios de superação são o tema principal, sim, mas o que é feito a partir dele, não dá em nada. Os autores miram em O Bebê de Rosemary, trazendo elementos de O Amigo Oculto e Boa Noite, Mamãe às avessas, com cenas inspiradas em Midsommar (a seita e até a coroa de flores estão ali) e reviravoltas inspiradas em Ilha do Medo.
Porém, com tanta referência jogada a torto e a direito, o filme promete muito, mas não diz nada. Sendo apenas um reflexo falso em um espelho quebrado.