Herança de Sangue, o retorno de Mel Gibson aos velhos tempos
Um ex-detento se reúne com sua distante filha de 17 anos para protegê-la de traficantes de drogas que estão tentando matá-la.
Filme marca retorno triunfal de Mel Gibson ao cinemão comercial, no papel de um ex-detento e ex-alcoólatra que segue a vida em paz, acompanhado de perto por iguais, que ajudam a sustentar sua força de vontade, até que a filha há muito desaparecida bate em sua porta com um problemão: envolvida com um criminoso, ela supostamente o matou e agora está fugindo de seus parceiros, onde o buraco é mais embaixo.
Gibson está ótimo e mais à vontade do que nunca na figura de um paizão improvável, bruto e bronco, ao mesmo tempo que esperto e sensato, o que cria grandes contrastes com a lindíssima Erin Moriarty, no papel de sua filha sarcástica, tão inteligente e maliciosa quanto o pai, o que prova que realmente ambos tem o mesmo sangue (sujo).
Jean-François Richet entrega uma direção firme, com tomadas criativas, em um road-movie de redenção, com o típico desfecho trágico clichê, mas cheio de brutalidade e crueza, que são pontuados por diálogos memoráveis, sem depender de nenhuma grande reviravolta para surpreender do começo ao fim.
Herança de Sangue (2016)
Herança de Sangue vale ainda mais do que já é por coroar o retorno de um dos maiores astros que Hollywood já viu.