Novo Hellboy, um garoto dos infernos
Ao chegar à Terra ainda criança, após ser invocado por um feiticeiro contratado pelo governo nazista, Hellboy (David Harbour) é criado como um filho por Trevor Bruttenholm (Ian McShane), um professor que estava no local no momento em que emergiu do inferno. Já adulto, Hellboy se torna um aliado dos humanos na batalha contra monstros de todo tipo. Quando a poderosa feiticeira Nimue (Milla Jovovich), também conhecida como a Rainha Sangrenta, insinua seu retorno, ele logo é convocado para enfrentá-la. Essa é a sinopse do novo Hellboy.
Um retorno dos Infernos
Hellboy, a criação máxima de Mike Mignola volta às telas depois de uma década de muitas especulações sobre uma continuação da série iniciada nos cinemas pelo diretor Guillermo del Toro e estrelada por Ron Perlman e olha… era melhor ter deixado tudo como estava.
Essa nova aventura do personagem é muito mais focada na ação do que as produções anteriores. Sim, elas contavam com boas sequências, mas também eram focadas na rica mitologia das HQ’s. Além disso, contavam com Guillermo del Toro, um aficionado pelos mitos Chuthulianos. Ele levou todo esse universo de terror fantástico para as telas com um espetáculo em design de produção e criaturas.
O diretor Neil Marshall, conhecido pelo suspense Abismo do Medo, deixa toda a mitologia de lado e se preocupa mais com a ação que até não faz feio em algumas sequências inspiradas como a luta contra os gigantes, mas derrapa em quase todo o resto. E inegavelmente, a tentativa de tornar o filme mais parecido com as produções recentes da Marvel injetando humor na trama não ajudou muito.
O que esperar deste novo Hellboy
As piadas soam forçadas e deixam o personagem muito diferente de sua persona nos quadrinhos. De investigador durão e sarcástico, o novo Hellboy se torna um garoto mimado com sérios problemas com o pai. Ou seja, termina qualquer discussão batendo a porta e pisando forte.
Se a intenção era deixar o filme mais leve com humor, a violência absurda pode incomodar boa parte do público. Sério, algumas cenas chegam a lembrar os mais sádicos Fatalities da série de games de luta Mortal Kombat. Sangue e entranhas voam por todos os lados e o resultado da carnificina sempre é mostrado com detalhes.
David Harbour faz o que pode coberto por toda a maquiagem do personagem. Por sinal, esta é bem mais maleável que a dos outros filmes, mas parece muito pior na tela. Tudo por conta da iluminação usada no personagem. A luz dura que realçava as sombras no rosto do personagem nos filmes originais aqui é substituída por uma iluminação que sempre lembra o espectador que aquilo é uma máscara de látex.
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O filme conta com uma cena pós créditos que chega a dar pena dos produtores, pois achavam que o novo Hellboy faria sucesso o bastante para uma sequência. Hellboy é um filme genérico de super heróis e, convenhamos, hoje em dia os fãs esperam algo a mais nesse tipo de produção.
Só espero que o personagem, que é muito bom e merece sorte melhor nas telas, não fique mais dez anos longe delas. Assim sendo, Hellboy estreia dia 23/05.