O Príncipe Dragão – 3ª temporada, animação do momento
Épico da fantasia juvenil contemporânea ganha tons sombrios e senso de gravidade
Dando seguimento diretamente aos eventos do segundo ano, O Príncipe Dragão – 3ª temporada continua acertando no desenvolvimento de seus personagens (todos eles), enquanto expande a rica mitologia com novos enxertos de enredo, que chegam ora por um background (como aquele que mostra a maneira como Viren matou o Rei Dragão), ora por uma revelação, sempre respeitando as regras estabelecidas.
Assim, somos apresentados a novas raças de elfos (e as subcategorias dentro de cada uma, além de suas habilidades), ao menos um novo reino e até algumas novas figuras que agregam no crescente que passa a se desenvolver, com a sombra de uma guerra, responsável pelos melhores momentos desta temporada, com um maior senso de gravidade e até sequências cruéis e sangrentas que colocam em cheque a classificação 10 anos (não que eu esteja reclamando), com mortes em massa e até terríveis assassinatos, que mostram que a produção é honesta em sua proposta e sabe que batalhas e jogos de reinos trazem momentos do tipo, o que aqui, é ainda uma grande contribuição ao gênero.
O Príncipe Dragão – 3ª temporada
Mesmo que forçado a princípio, o romance de Callum e Rayla acaba se mostrando mais eficiente do que o esperado, entregando diálogos e cenas emocionantes. Por outro lado, o roteiro mais uma vez perde a coragem em uma investida ousada; se na segunda temporada a cegueira de Soren foi mal explorada, o mesmo ocorre agora com a promissora sucessão de Ezran ao trono, que dura pouco e nada ecoa, tudo para servir ao propósito maior, envolvendo Viren e Aaravos que, sim, continuam como um dos elementos mais ricos da narrativa, que culmina numa bela e impressionante batalha final nos campos de Xadia, mostrando mais uma vez, que essa série juvenil respeita seu público e sabe onde quer chegar, mesmo entre perdas e trunfos pelo caminho.
https://www.youtube.com/watch?v=l18ECrl8Qbk