Os caminhos do universo Marvel no cinema

Todos temos acompanhado o estrondoso sucesso dos últimos filmes dos Estúdios Marvel nos cinemas, puxados, principalmente, pela atuação de Robert Downey Jr, em seu Homem de Ferro. Esses blockbusterscolocaram a “Casa das Idéias” como referencia a ser seguida na receita de como fazer adaptações de histórias em quadrinhos para a tela grande. Mas será que sempre foi assim? Como isso aconteceu? E para onde dever ir daqui para a frente?
Primeiro, devemos salientar que nem sempre foi assim. O começo da Marvel nos cinemas não foi nada bom, sendo que alguns filmes foram lançados direto para o formato de vídeo e sequer chegaram a estrear nos cinemas. As adaptações da Marvel não são tão antigas como as da DC, por exemplo. Cronologicamente, os filmes da Marvel começam a ser adaptados no inicio dos anos 90. Talvez o pontapé inicial nessa empreitada tenha surgido com o lançamento do primeiro filme do Justiceiro, interpretado pelo ator Dolph Lundgren, lançado em abril de 1991 e dirigido pelo mesmo diretor do grande sucesso Piranhas. Tinha tudo para dar certo, mas acabou decepcionando e a critica classificou o filme como “vergonhoso, destrutivo e como tendo uma das piores atuações já vistas na tela”. Resultado: o filme sequer chegou a ser lançado nos cinemas americanos e foi um péssimo começo para a empresa.
Nos anos de 1996 e 97, período negro para a Marvel, em que a mesma chegou até a declarar falência, os executivos resolveram, numa manobra para arrecadar verbas, vender os direitos dos seus heróis para os grandes estúdios de cinema de Hollyhood. Foi assim que, em 1998, a New Line Cinema lançou a adaptação de Blade para o cinema. Com Wesley Snipes no papel do “vampiro que anda de dia” e dirigido pelo novatoStephen Norrington, um dos responsáveis pelos efeitos especiais de Alien, o filme foi bem recebido por alguns e odiado por outros. O fato é que Blade introduziu um visual próprio e conseguiu, de certa forma, agradar o publico. Talvez esse tenha sido o ponto de mutação das adaptações da Marvel para o cinema, tanto é que o filme ganhou sequencias e virou até uma trilogia.
Em 2000, a FOX contrata o novato diretor Bryan Singer para assumir o primeiro filme dos X-Men, com um elenco de peso e um grande orçamento. O filme foi um sucesso e abriria, finalmente, a porta das adaptações das HQs da Marvel para o cinema. O diretor foi muito elogiado e o filme ganhou vários prêmios, estimulando, a partir dai, mais adaptações de heróis dos quadrinhos para o cinema.
Spider-Man (2002)Em 2002 foi a vez do Homem-Aranha chegar nas telas dos cinemas pelaColumbia Pictures, dirigido pelo famoso diretor de Evil DeadSam Raimi, e tendo Tobey Maguire como um Peter Parker perfeito. O filme, que contou com uma revolucionaria equipe de efeitos especiais, foi um grande sucesso, atingindo enormes valores de bilheteria ao redor do mundo e representando um divisor de águas no que se refere a filmes baseados em HQs. Com certeza, depois desse filme Hollywood pegou gosto pela coisa e os cinemas passaram a ser dominados pelos heróis dos quadrinhos.
demolidor_2003_posterEm 2003, a FOX, impulsionada pelo sucesso dos X-Men, lança a adaptação doDemolidor, tendo Ben Affleck no papel do herói cego. O filme não emplacou e os resultados foram considerados pelo estúdio, apenas, como satisfatórios. Nesse mesmo ano, a mesma FOX lança a sequencia de X-Men e, mais uma vez, acerta na mosca. O filme se sai muito bem e é um grande sucesso de bilheteria. Ainda em 2003, aUniversal Studios, detentora dos direitos do Hulk para o cinema, contrata o já aclamado diretor Ang Lee para colocar o verdão nas telonas. O diretor inova e tenta dar ao filme a mesma linguagem visual dos quadrinhos, mas o filme não agrada o publico e nem a critica, tornando-o um fiasco de bilheteria.
Em 2004, a Lions Gate decide apostar em uma nova adaptação do Justiceiro, agora com Thomas Jane como Frank Castle e John Travolta como vilão. O filme foi muito elogiado por alguns, mas não chegou a fazer o sucesso que se esperava dele. Nas bilheterias, apenas empatou o dinheiro gasto em sua produção. Mas o grande marco das adaptações dos quadrinhos para o cinema viria com o lançamento do segundo filme do Homem-Aranha pela Columbia Pictures, neste mesmo ano. O filme fez grande sucesso e arrecadou praticamente quatro vezes mais do que foi gasto em sua produção, sendo incrivelmente elogiado pela crítica e pelos fãs. O filme é, até hoje, uma das adaptações de maior sucesso do cinema.
No ano seguinte, a FOX, não satisfeita com o resultado do filme do Demolidor, resolve aproveitar outra personagem deste filme e lança a adaptação solo de Elektra. O filme não emplaca e é considerado uma tragédia pela crítica, sendo que, mais tarde, o filme integraria a lista das piores adaptações de quadrinhos para o cinema. Ainda em 2005, a produtora de Elektra tenta a sorte com uma nova adaptação de O Quarteto Fantático, com bom elenco e efeitos especiais, mas o filme apresensa uma trama fraca e faz pouco sucesso, não atingindo público e críticas satisfatórias, tendo desempenho razoável em termos de arrecadação.
A FOX, então, resolve voltar para “o time que está ganhando”  e lança a última parte da trilogia dos X-Men, em 2006, agora sob direção de Brett Ratner. Repetindo o mesmo elenco dos outros dois filmes, o longa não consegue atingir o mesmo sucesso de seus antecessores, tendo o pior desempenho da trilogia nas bilheterias. Segundo a crítica, o filme não tece a mesma intensidade emocional presente nos dois longas anteriores.
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A história da Marvel no cinema, entretanto, está longe do fim. Após X-Men 3, muitos nomes, os que realmente alavancaram as bilheterias e conquistaram uma legião de fãs, entram em cena. Homem de Ferro, Thor, Capitão América e muitos outros. Mas este é um assunto para o nosso próximo encontro, quando terminaremos a nossa saga que desvenda todas as adaptações de HQ’s Marvel para as telonas.
Que a força esteja com vocês!
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