Ouija: Exorcismo
Filme de terror repetitivo
Nos anos 1980, o jovem Joe (nessa fase interpretado por Tony Harutyunyan) liberou um demônio através de um jogo de ouija e seu pai o mandou para longe para evitar que ele se machucasse.
Anos depois, Joe (Ben Morrison) retorna à casa da família, com seu filho Noah (Michael Palladino) e precisa enfrentar seus pesadelos do passado antes que eles atinjam seu filho.
A trama
Ouija: Exorcismo trabalha com dois elementos bem comuns nos filmes de terror: o tabuleiro ouija e a presença de demônios. Aqui uma coisa está diretamente conectada à outra já que o demônio está preso no tabuleiro ouija. Isso pode até parecer um spoiler, mas não é, porque descobrimos isso na primeira cena do filme, que mostra Joe, ainda adolescente, liberando o demônio junto com um grupo de amigos.
Joe é afastado da casa e só retorna depois de adulto, com seu filho adolescente, que como o pai, corre o mesmo perigo. Joe não lembra nada do que aconteceu, até que encontra Bev (Laura Kirchner), sua amiga de infância, que estava presente quando ele libertou o demônio, e os dois começam a conversar sobre o assunto.
Este não é exatamente um filme muito criativo, tudo que tem aqui já foi visto em outros filmes de terror, até a ideia de combinar o tabuleiro ouija, uma espécie de fenômeno dos filmes de terror recentes, com o exorcismo, um tema que nunca parece cansar a audiência, já foi feita antes no maior clássico sobre exorcismo, O Exorcista. Partindo desse princípio, é até meio fácil prever o que vai acontecer no longa, o que claro, tira um pouco da sua graça.
Cinema quase amador
Ouija: Exorcismo não só peca no seu roteiro, que é repetitivo e bobo, mas também na sua produção. O filme parece amador. Não é que ele use de técnicas do falso doc, outro fenômeno que foi usado e abusado no gênero, ele tem a intenção de ser um filme tradicional, que não coloca a plateia como telespectadora de uma fita proibida ou que foi encontrada depois que todos os personagens desapareceram, e é justamente por isso que seus defeitos técnicos se sobressaem.
Não existe nenhum problema em uma produção pequena, sem muito investimento, mas aqui isso salta muito aos olhos, talvez porque o roteiro seja bem ruim e seja bem difícil embarcar na história. Mas não só questões como atuação e ambientação parecem ter sido feitas de maneira descuidada, mas também, as filmagens parecem terem sido feitas com câmeras de qualidade ruim, o que provavelmente aconteceu, mas que a produção não faz nenhuma questão ou não conseguiu disfarçar.
Por isso, existe pouca coisa interessante no filme, já que é difícil aproveitar uma trama boba e sem nenhuma inovação, e não existe nem a possibilidade de uma boa produção que poderia, pelo menos, agradar os olhos.
Aspectos técnicos de Ouija: Exorcismo
O grande problema aqui é o roteiro que, em certos aspectos, nem faz muito sentido. A ideia parece ser misturar exorcismo com tabuleiro ouija, mas isso não é nem inovador e nem bem colocado no contexto do longa.
Os aspectos técnicos do filme também não ajudam, as atuações são bem medíocres, as filmagens parecem amadoras e os diálogos são muito forçados.
Para piorar a experiência, Ouija: Exorcismo é um filme chato, onde pouca coisa acontece e quase não existem cenas assustadoras, embora ele seja um filme de terror. Ou seja, esse filme dificilmente vai agradar os fãs de terror, que esperam se não um roteiro bem escrito, pelo menos uma produção bem-feita.