Review Novos 52: Esquadrão Suicida & Aves de Rapina #1
Continuando a série de reviews das revistas publicadas pela Panini Comics mostrando o reinício do Universo DC na forma de Os Novos 52, agora é a vez de Esquadrão Suicida & Aves de Rapina n°1, que publica (obviamente) as revistas Esquadrão Suicida e Aves de Rapina. Essa é uma das quatro revistas que foram lançadas em junho (ano passado), que terão distribuição feita pelas lojas Comix e Devir Brasil. Portanto, essas revistas serão encontradas apenas nas citadas lojas e nos estabelecimentos afiliados a elas. Com distribuição limitada e tiragem menor, esses títulos terão preço maior. A primeira edição tem 52 páginas e custa R$6,90.
Esquadrão Suicida (Suicide Squad #1)
Equipe: Adam Glass (roteiro), Federico Dallocchio, Ransom Getty & Scott Hanna (arte), Val Staples (cores).
Sinopse: Chute na Cara – Os membros do Esquadrão Suicida estão presos e sendo torturados, para revelarem seus superiores.
Análise: As vezes é bom começar pelo início (não é muito original, mas é melhor organizado). Algo que praticamente revista alguma do novo universo DC fez. E com o Esquadrão Suicida não foi diferente, mas pelo menos no decorrer da história é explicado o que é a equipe, e porque ela é formada por diversos vilões.
Cada integrante é apresentado sendo torturado, começado com o Pistoleiro, que provavelmente terá um papel de liderança no grupo, ao lado da popular vilãArlequina, que sofreu mudanças visuais absurdas no novo universo DC, além de também ter sua loucura e violência escalonada. Os outros integrantes apresentados são El Diablo, Tubarão-Rei, Savant, Voltaico e Aranha Negra. No decorrer da história é falado como todos foram recrutados para o programa Força-Tarefa X de dentro da prisão para supercriminosos Belle Reeve.
O roteiro da edição é muito previsível. A “reviravolta” do final estava estampada praticamente na primeira página. Mas mesmo sendo totalmente clichê, pelo menos serviu para apresentar o grupo. O problema maior dessa revista foi ela ter sido desenhada por três ilustradores diferentes, e apenas um deles faz um bom trabalho, Federico Dallocchio (cujo estilo é bem marcante). As páginas desenhadas por ele destoam muito do restante, que estão no máximo aceitáveis.
Não foi um bom recomeço para o Esquadrão Suicida, mas pelo menos foi um começo. Há o potencial para boas histórias aqui.
Aves de Rapina (Brids of Prey #1)
Sinopse: Predadores – Um repórter se vê em perigo ao investigar a equipe de vigilantes conhecida como Aves de Rapina.
Análise: Direto ao ponto? 90% da graça da equipe Aves de Rapina foi destruída quando a DC decidiu fazer Barbara Gordon (a Batgirl) voltar a andar, acabando com a sua identidade de Oráculo. A nova equipe será formada apenas porCanário Negro, Katana, a nova personagem Sturnia e a vilã Hera Venenosa(pelo menos é o que aparenta na capa da edição, já que apenas Canário Negro e Sturnia aparecem na história, com apenas uma menção para a Katana).
O roteiro é corrido, praticamente sem pé nem cabeça. Foram jogados elementos demais nessa primeira revista, que provavelmente serão desenvolvidos mais para frente, mas isso deixou a edição de estreia muito confusa.
Os desenhos estão aceitáveis. Nada genial, mas o cuidado com as ilustrações dos personagens poderia ser o mesmo que foi tido com alguns elementos do cenário (a igreja onde se passa a maior parte da história está melhor acabada do que os traços da Canário Negro, por exemplo).
Essa já é uma revista que não sei se vale o valor gasto. R$6,90 é bem caro para ter duas histórias no máximo medianas.
E essa foi mais uma parte da análise dos Novos 52 da DC publicados pela Panini, cobrindo mais 2 novos títulos.