The Bad Nun

De terror atmosférico a slasher

Para se distrair dos seus estudos, Aesha (Becca Hirani) vai passar uns dias em uma cidade isolada, mas o que deveria ser um tempo de descanso, começa a ficar assustador quando uma freira bate na porta no meio da noite pedindo doações.

Aesha se recusa a doar, mas a freira continua voltando, levando Aesha a desconfiar que tem algo a mais por trás disso.

Aesha e a freira

The Bad Nun tem basicamente duas personagens: Aesha, a estudante que precisa descansar, e a freira que constantemente bate na porta de Aesha pedindo doações. Aesha aparece logo no começo do filme, afinal, ela é a protagonista, mas existe um mistério que perdura durante bastante tempo em relação a freira.

O filme começa como um terror atmosférico
O filme começa como um terror atmosférico

A freira, inclusive, demora a aparecer e o primeiro contato que temos com ela é através de sua voz, quando ela começa a pedir doações na porta de Aesha. A voz da freira é macabra e assustadora desde o começo, mas a princípio, o fato dela pedir doações soa normal até para a protagonista.

A insistência da freira que começa a assustar Aesha e faz a plateia perceber que tem alguma coisa errada naquela situação, mesmo porque os pedidos da freira começam a ficar cada vez mais nervosos e logo ela está pedindo para entrar na casa.

A trama

Ainda que a ideia da freira, que permanece misteriosa durante bastante, seja interessante, The Bad Nun peca na sua trama, que demora a se mostrar. Na primeira meia hora do longa é quase difícil entender qual é a história e para onde exatamente essa trama vai.

The Bad Nun demora a mostrar a que veio
The Bad Nun demora a mostrar a que veio

Não é que The Bad Nun seja um filme misterioso, ele é só lento e o roteiro parece não saber como engrenar.

Embora comece como um filme mais atmosférico, onde demoramos para ver o rosto da freira ou sequer entender por que ela insiste tanto para que Aesha abra a porta, do meio para o final The Bad Nun pende muito mais para o slasher, o que descaracteriza um pouco o que foi apresentado no começo.

Aspectos técnicos de The Bad Nun

Essa não é uma produção pequena e tem aspectos técnicos até bem cuidadosos. O filme começa com algo que parece ser um flashback, mas isso só é realmente explicado quase no final do longa. O clima de The Bad Nun é de um terror que não vai ser especialmente explícito, e que vai trabalhar mais no gênero do psicológico.

Becca Hirani como Aesha
Becca Hirani como Aesha

Não é o que acontece, não demora muito para que The Bad Nun se transforme em uma espécie de filme slasher, onde a freira está disposta a perseguir Aesha de todas as maneiras possíveis e é aí que o filme, que até ali já estava lento, começa a ficar um pouco ridículo. A trama não faz muito sentido e o longa tem pouca ação, o que torna tudo chato e parado.

O longa tem os seus momentos sinistros e alguns momentos em que o filme apela totalmente para a aflição da plateia, e justamente por ter essa aura, passa a sensação de que poderia ser um filme interessante, com uma trama macabra, caso se mantivesse no espectro do terror psicológico e não se rendesse a clichês óbvios e a uma violência barata.

The Bad Nun é um filme sem muito sentido, que tenta misturar subgêneros, mas não se sai bem, e o resultado é um filme parado, que assusta muito pouco.

The Bad Nun

Nome Original: The Bad Nun
Direção: Scott Jeffrey
Elenco: Becca Hirani, Lucy Chappell, Tiffany-Ellen Robinson, Chris Kaye, Cassandra French
Gênero: Terror
Produtora: Proportion Productions
Distribuidora: A2 Filmes
Ano de Lançamento: 2018
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