Top 5: Armas de cerco medievais
Foram os gregos, a partir de meados do século V a.C., que turbinaram o desenvolvimento de armas de cerco com a aplicação de princípios de física e mistura de materiais como couro, chifre, madeira e metal na construção. Eram máquinas usadas em cercos ou no campo de batalha, lançando flechas e pedras contras concentrações de soldados inimigos. Essas invenções viram seu domínio terminar com um “pó”. Elas continuaram a ser amplamente empregadas até meados do século XIV, quando o uso da pólvora começou a disseminar-se pela Europa e pela China, tornando obsoletas as antigas armas de cerco.
Esta lista foi extraída e adaptada do Mundo Estranho.
1- Leva-Fogo
O Leva-Fogo foi utilizado por volta do séc. V a.C., pelos habitantes da cidade grega de Tebas. Esta máquina consistia de duas carroças de madeira que suportavam um caldeirão com brasa – por sua vez, soprado por um fole que alimentava suas chamas. Seu ponto forte era a eficiência para incendiar barreiras feitas com estacas de madeira (paliçadas). No entanto, seu poder era limitado contra construções de pedra. No caldeirão ardia uma mistura de carvão, enxofre e piche.
2- Aríete
O Aríete foi utilizado por volta do séc. IV a.C., em várias cidades gregas. Montado dentro de uma carroça, um poste ficava preso por correntes ao teto do veículo e fazia movimento pendular, sendo usado para bater contra muralhas e portões. Seu ponto forte era o fato de ser capaz de enfraquecer e derrubar seções inteiras das muralhas inimigas. No entanto, era difícil de manobrar em terreno acidentado, além de poder ser bloqueado por valetas.
3- Balista
A Balista foi utilizada por volta do séc. IV a.C., em várias cidades gregas. Consistia em um grande arco de madeira montado sobre um cavalete. Servia para disparar flechas com muita força. Seu ponto forte era a precisão e impacto no alvo, graças ao mecanismo de disparo. No entanto, exigia conhecimento muito especializado para ser construída. As cordas eram feitas com tendões de bois, esticadas por um mecanismo de alavancas.
4- Sambuca
A Sambuca foi utilizada por volta do séc. V a.C., pelos habitantes da cidade grega de Colophon (atual Turquia). Com capacidade para cerca de dez homens, a engenhoca servia para desembarcar tropas em castelos. A máquina era empurrada até a muralha, e a unidade de ataque desembarcava. O ponto forte era que permitia superar a maioria das muralhas, independentemente de sua altura ou resistência. No entanto, por ser construída de madeira e couro, era altamente inflamável. Duas toneladas e meia de pedras faziam a frente da máquina se erguer.
6- Helépolis
A Helépolis foi utilizada por volta do séc. IV a.C., pelos habitantes de Atenas e da Macedônia. Usada no ataque a cidades muradas, essa torre para cerco podia ter mais de 40 metros de altura e pesava em torno de 150 toneladas. Feita de madeira reforçada com placas de ferro, movia-se sobre oito rodas, cada uma com quase 5 metros de altura. Seu ponto forte era o enorme poder destrutivo, com espaço para tropas e armas de infantaria. No entanto, além de exigir terreno plano para ser manobrada, era cara e difícil de construir e operar. Continha nove andares, ao todo. Nos inferiores ficavam as catapultas. Nos de cima ficavam os arqueiros. Era levada no braço por, pelo menos, 200 homens.