Trama Fantasma, um filme entediante
Trama Fantasma tem uma história bocejante que se arrasta por mais de duas horas sem ter muito a dizer.
Nos anos 50, Reynolds Woodcock é um renomado e confiante estilista que trabalha ao lado da irmã, Cyril, para vestir grandes nomes da realeza e da elite britânica. Sua inspiração surge através das mulheres que, constantemente, entram e saem de sua vida. Mas tudo muda quando ele conhece a forte e inteligente Alma, que vira sua musa e amante.
A trama fantasma da costura e do roteiro insosso
Daniel Day-Lewis, em toda sua excelência, constrói aqui um dos personagens mais insuportáveis de todos os tempos. Woodcock é um alfaiate singular e repleto de excentricidades, mas não se pode dizer que ele é desonesto. Em busca da musa ideal, o protagonista salta de mulher em mulher, para lhe servir como manequim para o seu próximo grande vestido. Enquanto que a Alma da naturalista e simples Vicky Krieps traz um contraponto, ora mais ousado, ora mais emocional, que por sua vez tem a obsessão pela completa submissão. Assim, temos um reconto de A Bela e Fera, mas sem a magia da fantasia, com um homem estoico e uma mulher subserviente.
É fato, contudo, que eu não sou um grande apreciador do trabalho de Paul Thomas Anderson. Seus objetivos enquanto diretor jamais conversaram comigo enquanto espectador e não era com Trama Fantasma que isso mudaria. O drama romântico não é ruim, eu apenas não sou o público e essa é toda a verdade. Mas sim, poderia ter uns quarenta minutos a menos e ele teria narrado a mesma história, talvez me gerando menos bocejos entre uma cena e outra.