Um Caso de Detetive
Sabe aquela sessão gostosa, aquele filme agradável, independente do gênero, que te puxa pela mão, te leva pela história, te arranca um sorriso de canto, te preocupa aqui e ali, e até emociona em certa medida? Aquele filme com elenco carismático, com personagens relacionáveis e uma história gostosinha de ver? Esse é o caso de Um Caso de Detetive.
A premissa é simples e eficiente: Abe Applebaum ficou nacionalmente conhecido na infância por seu trabalho como um detetive mirim, aquela coisa de famosinho na cidade pequena (sei como é, fui algo parecido, só que como desenhista).
Hoje, nos seus 30 anos, ele continua pegando casos leves enquanto mergulha na bebida, até ser apresentado ao seu primeiro caso sério, um homicídio. O simpático Adam Brody se encaixou como uma luva nesse papel do cara comum, meio abobado, mas esforçado, que ainda tem um pouco de crença em si. Sophie Nélisse cresceu, ficou linda e traz sua exuberância exótica, com seus olhões de mangá, para a produção. O mistério é consistente, a resolução melhor ainda.
Um Caso de Detetive
Para todos os fãs do gênero de histórias de detetive, com a pegada noir, esse longa é um prato cheio. Todos os tropos, saídas narrativas e atuações estão aqui, colocadas com um bocado de humor negro, um humor afiado que nunca é boboca, mas que mesmo em meio à graça, ainda traz certo nível de tragédia e até melancolia. As figuras, por mais absurdas que possam parecer, carregam mais realismo do que muitos outros filmes por aí — vide a cena final com o protagonista. É um desabafo real.
Não sei quem é Evan Morgan, que dirigiu e co-escreveu (ao lado de Brody) essa sessão gostosinha, mezzo noir mezzo hipster, mas vale ficar de olho, viu?