Você está preparado para as redes Li-Fi? Conheça a rede que funciona via Luz!

As tecnologias de comunicação e transferências de dados têm evoluído com a intenção de comportar a quantidade absurda de dados que trafegam nas redes e nos dispositivos locais e que só tendem a aumentar com o intuito de comportar melhores streamings, qualidades 4K e novas tecnologias. As redes Li-fi, que usam a luz para fazer a comunicação, prometem 100 vezes mais velocidade que a convencional rede Wi-Fi. Mas, como exatamente ela funciona? Se segure na cadeira rapaz, que a física é forte!!!

Li-Fi ou Light Fidelity é um Sistema de Comunicação Luminosa (VLC), sem fio, que pode transmitir dados a velocidades muito altas. O termo foi criado na Universidade de Edinburgh, pelo Professor Harald Hass, durante o TED Talk em 2011. Visionário, ele percebeu que poderia utilizar lâmpadas para agirem como roteadores wireless.

A tecnologia utiliza as lâmpadas LED convencionais (Emissoras de Diodos) com um processador de sinal embutido que pode transferir até 224 gigabits por segundo. Na sequência, em 2012, depois de 4 anos de pesquisa, Hass criou a empresa PureLiFi que possui o seguinte slogan: “Ser líder mundial na tecnologia de comunicação de Luz Visível”.

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Li-Fi e Wi-Fi são similares e ambas transmitem dados eletromagneticamente, entretanto, o Wi-Fi utiliza ondas de rádio, enquanto Li-Fi utiliza a luz visível. Isso significa que esse último utiliza um sensor interno que recebe os sinais de luz e processa os elementos afim de convertê-los para um conteúdo disponível. Enquanto o Wi-Fi requer circuitos de rádio, antenas e receptores mais complexos, a Li-Fi utiliza métodos de modulação semelhantes aos de rádios infravermelhos, como nos controles remotos. As lâmpadas de LED são semicondutoras e sua saída óptica pode ser modulada em velocidades altas capazes de serem detectadas em dispositivos fotodetectores e convertidas de volta para a corrente elétrica.

Se você ainda está vivo depois da explicação do último parágrafo aí vai uma explicação mais light: Uma lâmpada LED é uma fonte de luz semi-condutora que utiliza de maneira constante a corrente recebida, usando a alternância da luz (liga e desliga) rapidamente e em faixas calculadas, é possível utilizar a propagação da luz como meio de comunicação, que da luz da tecnologia Li-Fi (sacou? rs). A lâmpada possui um adaptador que envia rapidamente os dados para um foto-detector (fotodiodo). As pequenas oscilações na lâmpada permitem converter o sinal recebido em sinal elétrico. O sinal é processado para dado binário que será exibido da maneira como estamos acostumados: web, vídeo e áudio, tudo rodando liso no seu dispositivo favorito.

Li-Fi vs Wi-Fi

Para quem achou que a velocidade de comunicação da Li-Fi ia colocar a Wi-Fi para escanteio, se enganou. A tecnologia Li-Fi só pode ser utilizada em ambientes com luz visível e seu sinal não atravessa paredes então caso você queira desfrutar de conectividade em um espaço largo você terá que colocar lâmpadas LED em todo o lugar. Para cada lâmpada, até 4 hosts podem estar conectados. Uma quantidade inferior a do Wi-Fi. E mais, a tecnologia evolve manter a lâmpada ligada para que as transmissões ocorram, assim, é necessário manter as luzes ligadas mesmo de dia.

li-fi

Dessa maneira, a tecnologia acaba ganhando um espaço em um nicho específico de mercado, porém ainda não desafia o Wi-Fi, até porque recentemente houve um anúncio da nova extensão da tecnologia chamada de Wi-Fi HaLow, que traz o dobro da transfêrencia da tecnologia convencional, usando muito menos energia. Assim, a tecnologia encontra-se cotada para uso em smartwatchs, smartphones e dispositivos IoT (Internet of Things, permite ter dispositivos com internet). Além disso, Os mesmos desenvolvedores acreditam que a comunicação entre os dispositivos com recursos IoT venha a acontecer usando a nova tecnologia de luz.

Na prática, donos de lojas poderão transferir dados para os donos de aparelhos celulares de maneira rápida, segura e remota. A tecnologia tem sido testada em países com Arábia Saudita e relatórios sugerem que a Apple já tem planos de inserir a tecnologia nos próximos iPhones. Além disso, o esperado pelos pesquisadores é que a tecnologia custe menos, permitindo, inclusive, fornecer conexão gratuita. Poste de luz de vias públicas e brinquedos interativos que incorporem luzes de LED também poderão ser utilizados para permitir conexão. O Li-Fi pode até funcionar debaixo d’gua e outras áreas de difícil implementação de cabos.

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Em um curto espaço, a tecnologia Li-Fi se demonstra mais segura que a Wi-Fi. No final de 2015 a empresa PureLiFi, já distribuía dois produtos no mercado: O LiFlame Celling Unit que pode ser conectado na luz LED e o LiFlame Desktop Unit que se conecta a USB dos dispositivos a serem conectados. Ambos prometem disponibilizar luz e conectividade usando um único dispositivo.

Acredita-se que a Li-Fi estará disponível até 2018 para residências e empresas.

 

E vocês o que acham? A tecnologia fará sucesso ou será consumida pelo mercado de rádio?

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