Vozes e Vultos – Drama de horror original Netflix
Mais um drama de casamento do que terror propriamente dito, Vozes e Vultos, escrito e dirigido por Shari Springer Berman e Robert Pulcini, é baseado no livro “All Things Cease to Appear” de Elizabeth Brundage e coloca a sempre inspirada Amanda Seyfried e James Norton em uma casa mal assombrada no interior, para onde se mudam e, além dos eventos sobrenaturais, tem de lidar principalmente com seu relacionamento, que está ruindo.
Para tanto, a história traz outras figuras para complicar o meio de campo, como Natalia Dyer tentando de um lado e Alex Neustaedter do outro, com Rhea Seehorn e F. Murray Abraham fazendo coadjuvantes de grande peso narrativo.
E ainda que os fantasmas sejam uma presença constante no ambiente (e até um deles queira mais ajudar do que assustar), não são de fato o foco do enredo (e ao menos não são utilizados em jumpscares baratos), que busca ainda utilizar a literatura e a pintura para enfeitar seus argumentos.
Vozes e Vultos
Do livro “Heaven and the World of Spirits and Hell” do filósofo sueco Emanuel Swedenborg, ao quadro “O Vale da Sombra da Morte” do pintor George Inness, tudo serve como indicativo dos eventos que vão se desenrolar dentro do filme.
Mas, independentemente de todas essas relações, Vozes e Vultos se fortalece muito mais quando assume seu lado de suspense romântico, ora com as traições ou tentações se fortalecendo, ora com o relacionamento abusivo se escalando a cada ato, que culmina com pequenas revelações sobre apropriação de identidade e então os três grandes crimes, com um desfecho meio brega, meio poético, mas efetivo na proposta.
O lado sobrenatural mesmo não faz muita diferença por aqui e nem precisa. A história funciona bem sem isso e compensa seus clichês com boa direção e atuações. Vozes e Vultos está disponível na Netflix.