Homem-Aranha: Longe de Casa, mais um acerto
MCU fecha a terceira fase com chave de teia
Não é novidade que a MCU vem acertando a mão das produções em anos. A marca já teve seus momentos de grandes acertos e terríveis erros, vide Homem de Ferro 3 e Thor: Ragnarok; mas estes foram necessários para nortear os bons rumos que se seguiram. Homem-Aranha: Longe de Casa é mais um fruto de toda essa experimentação, trazendo mais um bom resultado para a conta do Cabeça de Teia.
Nesse episódio, acompanhamos um Peter Parker (Tom Holand) recém órfão da mentoria de Tony Stark (Robert Downey Jr.), e mais perdido do que nunca sobre o seu papel no mundo dos heróis, que aos poucos vai sendo descoberto ao longo da trama.
Homem-Aranha ou Homem de Ferro?
É descarado como a MCU quer trazer à tona a sensação de estarmos assistindo a um filme do Homem de Ferro, utilizando o Homem-Aranha como bode expiatório, tirando um pouco da individualidade do herói em alguns momentos, mas que é inteiramente resgatada ao longo do filme e carimbada na cena pós crédito.
Como pivô dessa mudança, temos a excelente participação de Happy (Jon Favreu), repetindo seu papel de braço direito, que ficou muito bem marcado nos primeiros filmes do Homem de Ferro, e que traz novamente a sua fórmula de salvador do dia, muito bem aplicada nesse filme.
Acerca do vilão Mysterio, muito bem defendido por Jake Gylenhall, a produção merece palmas por dar vida à um personagem tão icônico nos quadrinhos da forma digna que o vilão merece: cheio das suas parafernálias tecnológicas de ilusão, somada à sua inteligência e frieza para gerar o caos por onde passa. Jake consegue passar o ar sombrio que o vilão necessita, mesmo às vezes sem contar com a ajuda da equipe de fotografia, o que reafirma o acerto na escolha do ator para o papel.
Infelizmente, o filme peca e MUITO ao não aproveitar todo o carisma de Marisa Tomei como Tia May. Portanto, não será dessa vez que iremos vê-la mais presente no universo da MCU. Realmente uma pena.
Homem-Aranha: Longe de Casa
O filme, como esperado, remete o espectador a um universo de muita ilusão, deixando em vários momentos a sensação de estarmos vendo algo real ou apenas mais um truque do vilão, o que certamente torna a imersão no longa muito mais divertida e arrebatadora sem se tornar cansativa.
Estamos aqui falando de um roteiro muito simples, com motivações nada ousadas e feitas na medida certa para que o filme seja “redondinho”, sem deixar arestas. Isso mostra que a MCU está tomando cuidado para arar o terreno para o início da sua quarta fase afinal.
Considerações finais
A cabine de imprensa ocorreu em uma sala 2D, e a diversão foi garantida. Entretanto, algumas partes de Homem-Aranha: Longe de Casa seriam muito melhor aproveitadas se vistas em 3D. Mas são tão poucos momentos que se você, que lê esse texto, quiser assistir em 2D para economizar uma grana, vá tranquilamente.
Em resumo, Homem-Aranha: Longe de Casa é um bom final para a terceira fase da MCU, um alívio na adrenalina pós Vingadores: Ultimato e uma diversão garantida para todos os públicos, dos mais exigentes aos mais “for fun”, rendendo boas horas de conversa pós sessão. Dica: existem duas cenas pós crédito que valem muito a pena serem vistas. Principalmente a primeira. Em cartaz a partir de 04 de julho.