A Fuga – Encontros e desencontros na neve
Para A Fuga, o diretor Stefan Ruzowitzky (quem?) reúne um elenco interessante para contar uma história de amor e crime em uma região gélida com a fronteira do Canadá. Ele coloca dois irmãos em fuga, um rapaz que acabou de sair da prisão e algumas famílias e autoridades locais pelo caminho, mas sem jamais dizer a que veio.
A Fuga – Deadfall
Charlie Hunnam, antes de se destacar em “Pacific Rim”, é um dos protagonistas desajustados, que tem uma jornada meio inconstante e que não se justifica, mesmo próximo do fim, com a figura do ex-presidiário que matou um cara acidentalmente assim que se viu livre e as coisas ficam por isso mesmo.
Olivia Wilde e Eric Bana conseguem entregar sensualidade e ira, respectivamente, em boa medida, mas a sugestão de incesto parece desprovida de propósito. Ora vai, ora fica e o que permanece é um passado dramático tirado de novela mexicana, meio que para fundamentar os atos do vilão. Kate Mara parece entrar em um papel com potencial, mas tem pouco a fazer na trama, além de cara de choro. Kris Kristofferson e Sissy Spacek adornam o elenco somente lá para o final.
Ruzowitzky filma tudo com certa inspiração e energia, explorando ângulos ousados e retirando o máximo de seus atores, mas com um roteiro tão avulso, situações absurdas (como a luta contra o chefe indígena) e repleto de coincidências forçadas (como a maneira como dois personagens se conhecem), ele torna a própria obra esquecível, ainda que não seja uma completa perda de tempo.