A Roda do Tempo – 1ª temporada

O Prime Video surpreende com A Roda do Tempo, essa adaptação da série literária de Robert Jordan, com uma produção de cenários deslumbrantes, figurinos suntuosos, personagens cativantes e história envolvente, que sai da sombra de Tolkien logo ao fim do segundo episódio, embarcando em uma jornada fantástica pra lá de instigante, que vem sim na toada de Game of Thrones e consegue entregar uma produção nivelada nesse aspecto.

Com uma mitologia rica, o lance do Dragão Renascido é bem interessante, quando se coloca quatro personagens e outros no jogo, além de toda a ideia envolvendo o ciclo da vida, e um vilão que está ali apenas para fazer com que o mundo e essas figuras se desenvolvam ainda mais (e ok, nesse ponto, ele é um genérico de Sauron mesmo, mas não vai além disso).

A Roda do Tempo

O Poder Único, as Aes Sedai, os trollocs (nunca vi criaturas minions tão apavorantes nesse meio como são essas misturas diabólicas de bestas com humanos) e outros fundamentos do cenário se sustentam com força no enredo, principalmente com direções inspiradas (com sequências de ação que parecem retiradas de um anime e se encaixam como uma luva no live-action; ou de batalha, como aquele espetáculo apresentado no penúltimo episódio, entre uma grávida contra soldados), efeitos caprichados e um elenco de qualidade (conduzido por Rosamund Pike).

Sei das controvérsias fortes com os leitores (que por essência, jamais vão gostar de qualquer adaptação de uma obra original), mas enquanto leigo e espectador, minha experiência com essa série foi maravilhosa, ainda mais pela escolha da Amazon em liberar um episódio por semana, tornando as sessões mais instigantes, com um bom fecho de arco e um gancho poderoso para a já confirmada segunda temporada. Em um período onde a cultura pop prevalece, produções como The Witcher e A Roda do Tempo chegam para acalentar o coração nerd com entretenimento de primeira.