A Vida em Família, aclamado no Festival de Veneza de 2017, chega aos cinemas brasileiros em 6 de setembro

Em Disperata, uma pequena cidade no sul da Itália, o melancólico Filippo Pisanelli se sente terrivelmente incompetente em seu papel de prefeito. Somente seu amor pela poesia e sua paixão pelas leituras que faz aos detentos da região dão algum alívio a seu estado de depressão. Na prisão, ele conhece Pati, um ladrão de galinhas também nascido em Disperata. O ladrãozinho e seu irmão sonhavam em se tornar os chefes da máfia de Capo di Leuca, mas o encontro com a literatura muda tudo, e uma amizade incomum surge entre os três, potencializando escolhas corajosas. Um dos filmes mais bem acolhidos no Festival de Veneza 2017.

No italiano, A Vida em Família, acompanhamos o dia a dia de uma pequena cidade na Itália e de seus habitantes.

O filme foca mais em Pati, um homem que acabou matando um cachorro durante um assalto e que na prisão remoi isso frequentemente, seu irmão, que embora fizesse parte do assalto, conseguiu escapar e na relação dos dois com o prefeito da cidade.

A ideia por trás do filme é extremamente interessante, uma vez que retrata, no primeiro plano, uma relação incomum. O prefeito da cidade é retratado de uma maneira bem diferente da que vemos normalmente, ele é um homem tímido e humilde, que deseja de fato melhorar a cidade, tanto que resolve dar aulas de poesia na cadeia.

O filme se passa em uma pequena cidade da Italia

Pati é retratado como um criminoso, que não é de maneira nenhuma malvado, ele se sente culpado por ter matado o cachorro que o atacou durante um assalto, e durante os seus anos preso, vemos a mudança pela qual ele passa. Ele retorna à sociedade determinado a viver dentro das leias.

Já seu irmão é o seu exato oposto, ele não se arrependeu de nada, continua planejando assaltos e além disso, tem atitudes machistas e que beiram a masculinidade tóxica, a única coisa que ele respeita é o Papa.

O filme também se preocupa em falar das pessoas que estão em volta deles, como a ex-esposa de Pati, dona de uma mercearia, por quem o prefeito nutre uma paixão e o filho de Pati, que quer conquistar a moça que trabalha na mercearia da mãe. Mais do que isso, o filme fala sobre mudanças, todos os personagens do filme precisam evoluir e se apoiam um no outro para isso. Pati e seu irmão precisam levar uma vida dentro da lei e para isso precisam da ajuda do prefeito, já o prefeito, embora seja um homem bom e competente, precisa ser menos tímido e se soltar mais e para isso precisa da ajuda dos dois irmãos.

Os personagens principais do filme

A fotografia do filme se preocupa em mostrar a pequena cidade aonde o filme se passa, todos os seus detalhes, tanto arquitetônicos, quanto naturais e por isso, o espectador é brindado com diversas paisagens bonitas.

Por outro lado, o filme tem uma pegada bem típica de filmes europeus, e seu ritmo é um pouco mais lento do que o de um filme americano, o que pode chatear alguns espectadores. A trama do filme também não é escrita nos moldes americanos, por isso não temos muitos pontos de viradas e o longa fica um pouco parecido com a vida de qualquer pessoa, o que pode torná-lo cansativo.

A Vida em Família é um filme interessante, que pode agradar os fãs de filmes europeus ou as pessoas que se interessam pela Itália. O filme fez parte da 8 ½ Festa do Cinema Italiano.

A Vida em Família

Nome original: La vita in comune

Elenco: Gustavo Caputo, Antonio Carluccio, Claudio Giangreco, Celeste Casciaro, Davide Riso, Alessandra De Luca

Gênero: Comédia

Produtora: Saietta Film

Distribuição: Pagu Pictures

Direção: Edoardo Winspeare

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