Batman e Arlequina, um encontro que deu certo para o Asa Noturna

A Warner Bros. manda mais uma animação da DC, trazendo personagens conhecidos para um longa diferente, numa tentativa mais cômica como o próprio título adaptado aqui no Brasil promete: Batman e Arlequina: Pancadas e Risadas.

Se o título e a maneira como a animação é conduzida se diferencia da maioria, a trama não segue o mesmo caminho, partindo daquela história de que uma droga vai contaminar todo mundo e se espalhar para que em pouco tempo a humanidade pereça. Solução: achar o antídoto e parar a produção. Como: encontrando o responsável e tacando um monte de batrangs. Claro: para achar um vilão é preciso outro vilão. Aí que entra a Arlequina.

Ao invés de investir no mistério e investigação, um estilo mais nativo do morcegão, a animação tenta em cada virada de cena trazer um olhar mais divertido sobre os heróis, não existe suspense sobre quem é o vilão da história e na busca pelo paradeiro daquele que está espalhando a droga, o Asa Noturna acaba se dando bem quando a Arlequina resolve pegar algo em troca da informação.

Surge então o trio que vai forçar mais piadas que o Carlos Alberto, afinal, estão tentando transformar todas as pessoas do mundo em mutações verdes, mas a prioridade é deixar o Batman sem graça enquanto passeiam pela cidade no batcarro a procura de Hera Venosa, formando a equipe em busca do esquema que vai transformar todo mundo em coisa verde. Obra da Hera Venenosa com o Homem Florônico, dois lunáticos que só podem ser impedidos pelo morcego e a dupla de estraga-Batman.

Não há nenhum aprofundamento na história de Jason Woodrue, o Homem Florônico, então não espere nada similar dos personagens já conhecidos. Se existe algum sentimento no longa ele tenta ser transmitido por intermédio da amizade de Harley com Hera, mas também não espere muito disso. Como o próprio Batman diz: não se pode confiar em malucos. Apesar de fazer um bom par com Hera, o híbrido de homem-planta age de maneira mais manipulativa revelando muito cedo uma futura separação.

Naquele momento em que você já desistiu, que aceitou que a animação é aquilo ali e que você não é o público para ela, exatamente naquele momento onde os dois pés deveriam quebrar o teto de vidro, bater em meia dúzia, apagar as luzes e depois ressurgir revelando  os vilões já capturados e os seguidos créditos, pois bem, lá no finalzinho, a trama da uma embolada doida, vai todo mundo parar no meio do mato e meu amigo, se tem alguém que manja de natureza é esse cara: Monstro do Pântano, surgindo aos 45 do segundo tempo, fazendo três gols e saindo de campo do mesmo jeito que entrou, com a diferença que agora sim seguem os créditos.

Se você quer ver como seria o Mussum no bar se soubesse como espancar os outros, se você já pensou em transformar a humanidade em híbridos-planta, se você gosta de cenas picantes com personagens (já aviso que só tem uma), se você quer ver o Batman com cara de wtf ou se você é fanzaço do Monstro do Pântano, ta aí. Agora, caso você não tenha se identificado com nenhum dos casos anteriores então é melhor passar longe, a DC tem animações melhores.

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