Conheça os jogos de Dragon Ball para PC
Uma análise de cada um deles...
Desde a década de 1980 a franquia Dragon Ball criada por Akira Toriyama recebe adaptações para o mundo dos games. A série que iniciou em forma de mangá em 1984 na Shounen Jump teve seu primeiro game para o Super Cassete Vision onde você podia jogar com Goku em sua nuvem voadora enfrentando monstros estranhos. A partir daí foram mais de 60 jogos para quase todas as plataformas de entretenimento existentes, mas tinha algo que me incomodava.
Os jogos de Dragon Ball, em sua maioria, seguiram uma linha de desenvolvimento para consoles e, até 2010, quando foi lançado um MMORPG baseado na série, não haviam jogos da franquia para PC, com exceção das roms que permitiriam emular os conhecidos jogos na plataforma. O MMORPG também não era lá aquelas coisas e se você tiver duvidando é só dar uma olhada no histórico. Lançado originalmente em 2010 na Coréia, em 2011 foi lançado em Taiwan e Hong Kong e em 2013 os três servidores foram fechados.
Jogos de Dragon Ball para PC
Xenoverse (2015)
Mais dois anos viriam até surgir Xenoverse, o primeiro jogo de Dragon Ball a se aventurar de fato no PC. Com um enredo criado especialmente para o game, é possível vivenciar momentos diferentes da conhecida história, oferecendo uma expansão interessante para o já conhecido universo. Para evoluir no enredo, os jogadores devem enfrentar combates entre as sagas enquanto desfrutam de um sistema similar ao visto em MMOs.
No jogo, é possível criar seu próprio personagem editando diversas características visuais e escolhendo entre cinco raças disponíveis: humano, sayajin, namekuseijin, majin e freeza. O personagem será então o herói que junto com Trunks e a Kaioshin do Tempo irão proteger a linha histórica que está sendo alterada por um terrível vilão.
Cada uma das raças possuem características específicas, que junto com o estilo de luta do jogador vão permitir enfrentar grandes desafios enquanto evolui. Aqui, o jogo começa a mostrar os elementos da fusão de MMO com luta. Assim, oferece uma evolução gradativa do personagem enquanto carece de habilidade na jogabilidade para enfrentar os inimigos nas lutas.
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O jogo conta com um grande hub que centraliza os jogadores na cidade de TokiToki, lar dos patrulheiros do tempo. Aqui, você poderá socializar, adquirir novas técnicas, itens e até roupas. Desenvolver seu personagem, envolverá escolhas como distribuir os pontos entre suas características ou decidir entre ter mais life ou mais energia, dano físico ou mágico. Elementos que somados irão tornar a jogatina mais com a cara do jogador.
Oferecendo 12 mentores, personagens da série, é possível aumentar o nível de amizade e a partir daí liberar novas missões e novas técnicas. Ainda mais, o mestre aparece em alguns momentos da luta para ajudá-lo, o que é bem legal.
Mesmo não conseguindo atingir todo o potencial de MMO do jogo, é possível se divertir com as batalhas de até 6 jogadores no 3 vs. 3. Com o decorrer do jogo é possível perceber certa repetitividade, tornando um pouco exaustiva as missões. Além disso, a câmera por vezes não ajuda e você fica meio perdido no meio da batalha. Por fim, comparado a jogos anteriores, a quantidade de personagens selecionáveis diminuiu. Dragon Ball Xenoverse é um belo início da franquia, com uma história que expande o universo de Dragon Ball e une elementos de MMO com Luta, enquanto oferece a oportunidade de encontrar personagens favoritos.
Xenoverse 2 (2016)
Continuações são sempre complicadas. A segunda versão do jogo aposta nas experiências do game anterior para oferecer melhorias em diversos aspectos. Foram adicionadas novas missões, movimentos e a jogabilidade foi melhorada, oferecendo mais opções e mais horas de jogo. Se na primeira versão do jogo você possuía a linha principal de missões e algumas missões secundárias, nessa versão você terá diferentes tipos de missões e recompensas a serem utilizadas no vasto hub central que agora está bem maior.
A história segue o enredo anterior, porém perde um pouco da sua qualidade. Há aqueles que dizem que Xenoverse 2 é na verdade Xenoverse 1.5, considerando todas as suas melhorias e falhas. Nessa sequência cada raça ganha sua própria transformação e o Super Sayajin não é mais um período de ki infinito, sendo possível desligar o modo e economizar energia.
Mais mentores foram disponibilizados e junto com eles mais personagens. Nesse sentido, é possível observar mais opções de habilidades, roupas e acessórios para o herói, que também ganhou melhorias em sua customização. Nessa versão há mais flexibilidade quanto ao uso de equipamentos e builds, menos dependências, mais customizações. Com o aumento do hub agora é possível voar sobre ele e um novo tipo de missão foi inclusa, oferecendo um poderoso inimigo para 6 jogadores enfrentá-lo juntos.
Apesar do problema da câmera não ter sido resolvido e o jogo parecer mais com um Xenoverse 1 melhoradaço, o jogo garante grandes horas de diversão e se mostra tecnicamente melhor que seu antecessor, com exceção da história, que vale a pena ser vista em ambos os games.
Dragon Ball FighterZ (2018)
Dois anos depois a franquia para PC voltou alguns anos atrás, isso porque ao invés de dar continuidade ao projeto do Xenoverse, o jogo voltou a apostar no sistema de lutas visto na maioria dos jogos da franquia. Nesse jogo de luta, é possível observar avanços gráficos aplicados ao plano cartunesco do anime, tornando a maioria das cenas extremamente fiéis ao anime em termos gráficos. A jogabilidade, talvez principal elemento desse jogo, permite que jogadores que não estejam familiarizados com o sistema de lutas consigam, em pouco tempo, desferir combos agradáveis nos oponentes.
Diversos modos estão disponíveis, entre eles o clássico modo Arcade, que conta com um diferencial de chaveamento por nota, ou seja, de acordo com a sua nota na luta anterior você é direcionado para oponentes mais fortes ou mais fracos, oferecendo oponentes de habilidade similar.
Um modo História também foi implementado, entretanto algum tempo de jogatina pode entregar um sistema repetitivo e demorado, uma vez que o jogador terá um conjunto limitado de movimentos no mapa (similar a um tabuleiro ou jogos de estratégia por turnos) e que os diálogos e recompensas não se mostram melhores que o modo Arcade. Em compensação, novas histórias são oferecidas enquanto mantém conexão com a história original do anime.
E o que mais?
Diferentemente dos jogos de luta para outras plataformas, não é possível evoluir o personagem ao longo da luta (Super Sayajin), o que dá uma sensação de certa ausência no game. Além disso, o jogo entona uma quantidade de personagens menor que de seus antecessores.
É possível utilizar equipamentos em sua equipe, aumentando o nível de combate para conseguir enfrentar inimigos mais poderosos. Entretanto, o segredo dos combates está na adaptação dos estilos oferecidos. Assim, compreender os pontos fortes e fracos de cada personagem vai lhe garantir vantagens em inúmeros confrontos.
Contando com um sistema online, é possível desafiar amigos ou participar do Ranking Mundial. Para evitar lag, o jogo tenta encontrar confrontos regionalizados e consegue entregar, para cada luta, a emoção de um anime jogável.
Dragon Ball Z: Kakarot (2020)
Mesclando as características dos jogos de luta da série com o sistema de RPG visto em Xenoverse, Dragon Ball Z: Kakarot é um jogo que tenta trazer o melhor dos dois lados para um público que parece não ter sido muito bem definido. Acompanhando a história de Goku e seus amigos, o jogador viverá as histórias clássicas de Dragon Ball Z, o que pode estar um pouco saturado a essa altura do campeonato. Da chegada de Raditz até o confronto com Majin Boo, é possível viver essas experiências e contar com adições, que trazem novas cenas e diálogos para oferecer algo novo a já conhecida série.
Sendo um jogo de RPG, elementos como níveis, habilidades e forças estão presentes, recompensando o jogador por suas evoluções. Em um mapa abrangente e recheado de personagens, é possível seguir nas missões principais e secundárias. E, ainda mais, aumentar seu nível de relacionamento com outros personagens na tentativa de obter maiores benefícios. As lutas parecem ser mais do mesmo, entretanto, são formadas com a experiência dos jogos anteriores, trazendo uma excelente jogabilidade e movimentos nos cenários destrutivos.
Por um lado, o jogo consegue agradar os fãs nostálgicos pelo vasto conteúdo fornecido e easter eggs e diálogos exclusivos. Por outro lado, aqueles que não conhecem a série não se sentiram tão deslocados, uma vez que a história está mais enxuta e conta com os elementos da série para dar a sensação de estar vivendo no anime. O problema acarreta na mecânica de evolução, que após o primeiro capítulo pode te deixar forte demais para garantir desafios nos outros combates do Modo História.
E então?
Para os fãs da série, todos os Dragon Ball para PC são recomendados. Cada um deles vai trazer elementos adicionais a história e vai conseguir levar ao jogador diversão, cada um do seu jeito. Para aqueles que nunca tiveram contato com a série, Dragon Ball Kakarot pode ser uma boa pegada. E para aqueles que desejam se divertir em combates, FighterZ toma conta do recado. Se você só quiser ver histórias exclusivas, o Xenoverse é o Dragon Ball ideal para você, os dois.
Conseguindo levar os elementos do anime para a tela com destreza e oferecendo diferentes tipos de jogatina, a diversão é garantida com esses jogos de Dragon Ball para PC para os fãs de Goku e Cia. Admito estar ansioso para saber como vão explorar a franquia Dragon Ball Super, e você?
boa