Samaritano

Sylvester Stallone precisava de um filme de super-herói para chamar de seu e conseguiu isso na figura de Samaritano, um super aposentado, que ganha a vida como catador de lixo, nesse roteiro bem sacado de Bragi F. Schut (Escape Room), com direção decente de Julius Avery (Operação Overlord).

É claro que a produção se aproxima mais de um filme B de ação dos anos 1990 do que o que recebemos do MCU nos últimos anos, e é justamente esse detalhe que reforça o fator nostálgico, calibrado em parceria com o astro. Eu confesso que já havia matado a charada da reviravolta nos primeiros vinte minutos iniciais da sessão, mas isso não estragou a experiência. Só esperava que a explicação de tal reviravolta, que vai sendo respondida aos poucos, através de flashbacks, fosse melhor esclarecida, pois me pareceu meio jogada e pouco compreensível.

O efeito de CGi para rejuvenescimento de Stallone é bizonho e muito mais assustador do que aquele The Rock em A Múmia 2, por sorte dura poucos segundos. No mais, o jovem prodígio Javon Walton (destaque de Euphoria), esbanja carisma e funciona em tela como coprotagonista. Os vilões são super clichês, mas ornam na proposta noventista da produção. As sequências de luta e de ação recompensam o espectador com boas coreografias.

E Samaritano não se propõe em ser muito mais além disso, um entretenimento barato, mas eficiente.

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