Titãs – 3ª temporada

A série que teve um ótimo começo e uma interessante continuação, chega desgastada em seu terceiro ano, com um elenco ligado no piloto automático. Levando a trama para Gotham, Titãs – 3ª temporada resume Dick Grayson e Jason Todd às suas questões com Bruce Wayne (que insiste em aparecer demais nessa produção, que não lhe pertence), enquanto deixa Mutano e Superboy como coadjuvantes de luxo.

Estelar é enfiada numa subtrama chatérrima envolvendo memória como meio para retcon, com sua irmã Estrela Negra perdida no rolê. Donna Troy e Ravena só chegam no final e não têm muito a fazer, enquanto Rapina e Columba são usados como ferramenta dramática no início (mas a tragédia não gera qualquer consequência real no psicológico do grupo, o que prova que as reviravoltas infinitas aqui giram apenas no próprio eixo). A apresentação de Tim Drake jamais funciona e as passagens no mundo do além estão entre as piores da produção. Chatérrimas.

Transformar o Espantalho num rei do crime soou bastante forçado e os 13 episódios reforçaram esse desgaste, já que evidentemente daria para narrar tudo em 6 e olhe lá. O dramalhão sobre o Capuz Vermelho é ineficaz, sem contar que toda a passada de pano para ele é inaceitável. Entre os acertos, temos Barbara Gordon e algumas situações pontuais nos primeiros episódios, que infelizmente logo são esquecidas. Depois de uma terceira temporada tão sofrível e bocejante, a torcida que fica é que a série se encerre por aqui e mantenha-se na média antes de piorar.