O novo longa de anime Dragon Ball Super: Broly
A porrada come solta em busca do sayajin mais forte...
Depois de muitos anos de promessa e espera, Dragon Ball Super veio para dar continuidade à história adaptada do mangá de Akira Toriyama. Acompanhamos então a história da Goku e seus amigos, enfrentando desafios, dessa vez, muito maiores. Além de apresentar os Deuses da Destruição; um Goku Maligno do futuro; e um campeonato entre universos diferentes, o anime agora ganha destaque nos cinemas com o título Dragon Ball Super: Broly! Assim nos apresentando uma lendária história sayajin e mostrando as origens de nossos queridos personagens.
Trazendo assim o famoso vilão Freeza de volta aos conflitos, acompanhamos a chegada de seu pai, Rei Freeza, ao planeta sayajin. É onde conhecemos também o grande Rei Vegeta e tomamos conhecimento sobre três crianças em potencial: Vegeta, seu filho; Broly, filho de um importante coronel do exército; e Goku, que está escondido devido a seu baixo poder. Com inveja e/ou medo do poder de Broly vemos o Rei Vegeta enviá-lo para um planeta inóspito onde viverá e crescerá com seu pai que foi ao seu resgate. Quando todos os sayajins são convocados pelo Rei Freeza e seu plano perverso, Vegeta recusa-se a voltar ao planeta. E Bardock, pai de Goku, resolve mandá-lo para o planeta Terra.
Dragon Ball Super: Broly
O enredo então se junta à linha do tempo atual do anime quando Freeza, após ter sido ressuscitado no campeonato dos universos, tenta recrutar novos guerreiros para o seu exército. Por sorte se depara com o planeta onde Broly está. Apostando na força daquele que pode ser o sayajin mais poderoso de todos os tempos, Freeza leva Broly à Terra na esperança de que ele possa derrotar Vegeta. Isso enquanto aproveita e se vinga de Goku, seu inimigo há diversas temporadas.
Alguns momentos cômicos vão arrancar risadas da plateia quando acompanhamos o mala do Vegeta criança junto com Raditz; as provocações de Goku com Vegeta; e até mesmo Bra com o Deus da Destruição. Para ajudar, a tradução deu aquela abrasileirada para tornar alguns diálogos mais próximos. O melhor exemplo encontra-se nos diálogos de Wiz, que trazem uma versão convincente dos diálogos em japonês.
Broly
O longa traz personagens vistos em filmes anteriores e os une em um longa que se mantém fiel à conhecida série. Ou seja, Dragon Ball Super: Broly não se estende aos personagens secundários. As batalhas são compostas na maior parte do tempo travadas pela raça guerreira sayajin, que junto ao aprendizado colhido pela produtora ao longo dos anos com os games da franquia, que combinam CGI com traços vistos nos animes, conseguem construir batalhas frenéticas acompanhadas por uma câmera incrível! Nunca vista antes do anime. E uma trilha sonora única, que traz uma composição fantástica em meio aos golpes desferidos. Eles deixam de se tornar os choques de luzes ou pontos brancos no céu para uma constante troca de socos, chutes e magias.
Broly não fica para trás e utiliza do poder da raça guerreira de evoluir durante as batalhas de maneira única. Traz então algo que há muito nossos protagonistas não sentem: medo. Além disso, é possível sentir uma certa crítica paterna antiga. De uma época onde alguns pais criavam seus filhos para serem aquilo que almejavam, descartando suas vontades e desejos.
Talvez o colar no pescoço de Broly que dispara uma descarga elétrica quando seu pai aperta um botão no controle remoto soe como uma forma de proteger o garoto prodígio. Assim como o grande Rei Vegeta alega proteger seu próprio povo da insanidade daquele que possui um poder além dos limites da imaginação quando o envia para um planeta inabitado. Assim acreditando nas baixas chances de sobrevivência dele. Mas de fundo constrói-se uma história de traições, arrependimentos, família e vingança.
O que esperar?
Em sua versão dublada, temos a presença da lendária voz de Wendell Bezerra e de outros dubladores famosos da série, que conseguem extrair aquela energia de quem passou anos acompanhando a série na TV aberta. Para os que não conhecem, o filme apresenta uma história que dispensa grandes apresentações, junto a uma animação que não vai deixar nenhuma criança desapontada. E que certamente vai conseguir extrair certa nostalgia dos adultos enquanto recebem nos quadros efeitos especiais novos, que parecem misturar efeitos digitais com os conhecidos traços do anime sem agredir o formato original, altamente melhorado para os dias atuais.
De bolas de energia a explosões de Ki, de destruições de terrenos a transições de cenários, cada cena é bem cuidada para levar a emoção das batalhas ao espectador. Sem pressa! Aproveitando para mostrar gradativamente as evoluções dos sayajins exibidas em Dragon Ball Super. Com exceção do Instinto Superior que foi substituído pela presença de Gogeta, a fusão de Goku e Vegeta já vista em Dragon Ball GT, mas que não conta, porque é o GT.
Dragon Ball Super: Broly não investe em trazer algo novo. Se por um lado isso deixa um vazio para os mais afoitos da série, por outro faz do longa a oportunidade de assistir uma história do anime. Algo que mistura presente e futuro, sem se perder no enredo. Permite assim que crianças e adultos se divirtam enquanto acompanham uma história paralela que se mantém fiel à linha atual do anime. São novos velhos personagens e a receita continua funcionando. Duvida? Então vou te deixar com um pedacinho:
Fala se não dá um gostinho na boca?