The Witcher: Lenda do Lobo

Produção espetacular em todos os aspectos, The Witcher: Lenda do Lobo supera não somente o live-action, como muitos animes contemporâneos. Assim, o Studio Mir vem se provando cada vez mais uma das melhores produtoras atuais quando o assunto é anime — com a vantagem de não trazer algumas características bobas e ultrapassadas dos mesmos, como o mote ou o humor sem graça de alguns estereótipos batidos. O diretor Han Kwang Il entende do riscado e o time de roteiristas, idem.

A história engaja, mesmo seguindo uma toada de fantasia tradicional (que Castlevania e DOTA tão bem fizeram nesse ano também, inclusive há paralelos entre as três que fazem o nerd sonhar com um crossover impossível), com um personagem cativante (e canônico), com coadjuvantes com peso relevante, em uma trama onde o bem e o mal nada importam, pois envolve política, preconceito, poder e magia com harmonia de roteiro e desequilíbrio através do enredo, onde qualquer desfecho é inimaginável — e, nos dias de hoje, onde os clichês deitam e rolam, ver algo tão inventivo assim é um achado.

Tecnicamente impecável, tudo em Lenda do Lobo funciona, com violência nada gratuita, diálogos sagazes, bom uso dos flashbacks e das diferentes perspectivas de personagens. Tem sim muitos tropos comuns aqui, mas é a maneira como o diretor encaixa cada elemento que faz parte do trunfo dessa obra — que vai te impactar ao menos 5 vezes, sendo duas delas no final. Um The Witcher de respeito e que poderia servir de cartilha tanto para escritores de primeira viagem, quanto para jogadores e mestres de RPG.

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